quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Sistemas criados pela Agência Brasileira de Inteligência auxiliam na proteção cibernética

Segundo o periódico O Estado de S. Paulo, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) apresentou ao Palácio do Planalto, no dia 14/08/13, o Cripto GOV e o cGOV, programas para a proteção de dados que estarão prontos nos próximos dias. O sistema, semelhante a um pen drive, chamado Plataforma Criptográfica Portátil (PCP), quando conectado cria áreas seguras no computador onde os documentos criados são automaticamente criptografados. O cGOV permite a transmissão desses documentos via internet. A Abin acredita que isto permitirá aos servidores com acesso a informações sigilosas que utilizem mais o recurso da criptografia contra ações de espionagem. Outra forma de proteção criada pela Abin são telefones com transmissão criptografada, porém a maioria dos servidores que o possuem relatam dificuldades em utilizá-los e por isso quase nunca o fazem, com a exceção do ministro da Defesa, Celso Amorim. Por conta da espionagem dos Estados Unidos da América (EUA) às comunicações da presidenta da República, Dilma Rousseff, os produtos da Abin começarão a ser distribuídos nos próximos dias. Segundo o jornal, com a estrutura que Brasil possui atualmente, a criptografia, considerada de primeira linha, é a melhor ferramenta para proteger dados sigilosos, permitindo aos ministros e servidores a oportunidade de retomar o uso de seus eletrônicos. No contexto de crescente necessidade de proteção cibernética no Brasil, no ano de 2013 foram destinados R$ 90 milhões para gastos com defesa cibernética, sendo que desses, somente R$ 61 milhões receberam autorização para serem gastos e R$ 54 milhões foram efetivamente aplicados. De acordo com o jornal, tais valores são considerados irrisórios se comparados aos US$ 52,6 bilhões disponibilizados pelo governo estadunidense a suas agências. No Brasil, o Ministério da Defesa viu seu orçamento total reduzido de R$ 18,7 bilhões para R$ 14,2 bilhões, dos quais somente 0,4% será encaminhado para a defesa cibernética. O jornal avaliou que os EUA possuem 16 agências de espionagem que contam com 107 mil funcionários, de maneira que o Brasil não poderá competir somente com criptografias, uma vez que as revelações de Edward Snowden mostraram que mesmo algumas mensagens criptografadas podem ser lidas pela espionagem estadunidense. (O Estado de S. Paulo – Política – 08/09/13; O Estado de S. Paulo – Economia – 08/09/13)

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