quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Governo e Forças compartilharão o satélite do Programa Nacional de Banda Larga para assegurar comunicações

De acordo com o periódico Folha de S. Paulo, o Ministério das Comunicações foi autorizado a colocar em funcionamento um satélite geoestacionário que será responsável por toda comunicação das Forças Armadas. A autorização foi concedida logo após as denúncias de espionagem à presidenta da República, Dilma Rousseff, e à empresa Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras) virem a público. A outorga, que garante o posicionamento do satélite, foi dada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o equipamento possibilitará que os dados e chamadas do Exército, Marinha e Aeronáutica trafeguem por uma rede segura na tentativa de impossibilitar que os órgãos de segurança estadunidenses tenham acesso ilegal a informação estratégica. Assim, o satélite, que já estava previsto no Programa Nacional de Banda Larga, com o objetivo de levar internet de alta velocidade a regiões de difícil acesso, será compartilhado com as comunicações do governo e das Forças Armadas. Segundo o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, uma vez que os dados da Defesa serão criptografados, não haverá troca de informações entre as áreas, que são independentes. O relator do tema na Anatel, Rodrigo Zerbone, alegou que, apesar do projeto ser anterior às denúncias de espionagem, ele demonstra a preocupação em “ter sob controle do Exército e do governo brasileiro a infraestrutura da comunicação”. Segundo a Folha, a outorga só se concluirá quando a Telecomunicações Brasileiras S.A. (Telebrás) -que arcará com R$ 3 milhões no projeto- e o Ministério da Defesa -responsável por R$ 300 mil- entregarem uma série de documentos; então sim, o satélite da marca francesa Thales Alenia será lançado pelo consórcio europeu Arianespace. Ainda, segundo a Folha de S. Paulo, o ministro Bernardo informou que, no momento, não haverá continuação da discussão referente à construção de uma rede que permitiria a comunicação entre as Forças Armadas na rede 4G, utilizando a faixa de 700 MHz, com a empresa estadunidense Motorola. A empresa já investiu R$ 2 milhões para desenvolver essa rede no Brasil, a mesma a ser licitada em 2014 no país para implantação de banda larga de alta velocidade e que possibilitaria às Forças Armadas, por exemplo, transmitir fotos em tempo real das áreas em monitoramento. Folha de S. Paulo – Mundo – 15/09/13; Folha de S. Paulo – Mercado – 19/09/13)

Nenhum comentário:

Postar um comentário