quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Comissão da Verdade do Rio de Janeiro pretende reabrir inquérito sobre explosão de carta-bomba na Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro em 1980

De acordo com os jornais Correio Braziliense e O Estado de S. Paulo, o presidente da Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro, Wadih Damous, afirmou que pretende pedir ao Ministério Público a reabertura da investigação acerca da carta-bomba entregue à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio de Janeiro em 1980. Depois de ouvir ex-agentes da Polícia Federal que participaram das investigações e relatos que denunciam a participação de oficiais do Exército e do extinto Serviço Nacional de Informações (SNI) na apuração do caso, Damous acredita que o inquérito aberto na época foi uma “farsa”. Além disso, Damous acredita que pode comprovar a existência de conexão entres os atentados da OAB e do Riocentro, quando uma bomba explodiu no estacionamento do centro de convenções durante as festividades do dia do trabalho (01/05/1981). O advogado Luiz Felippe Monteiro, filho de Lyda Monteiro, morta no atentado à OAB, afirmou ter havido um acordo político entre oposição e governo para que as investigações sobre o caso não avançassem, em troca das eleições de 1982. Segundo a integrante da Comissão Nacional da Verdade, Rosa Maria Cardoso, o crime em questão não estaria abarcado pela Lei da Anistia (1979), pois ocorreu em 1980. (Correio Braziliense – 28/08/13; O Estado de S. Paulo – Política – 28/08/13).

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