De acordo com o jornal Correio
Braziliense, no dia 23/08/13 a Comissão de Memória e Verdade Anísio
Teixeira, da Universidade de Brasília (UnB), ouviu ex-alunos e ex-militantes da
Ala Vermelha do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) durante o regime militar
(1964-1985). Álvaro Lins Filho e Hélio Doyle falaram sobre a participação no
movimento estudantil entre os anos de 1965 e 1968 e a convivência com o líder
da militância e ex-aluno, Honestino Guimarães, que terá seu desaparecimento
investigado pela comissão. Segundo o jornal, Lins Filho, filho do ex-deputado
Álvaro Lins, foi preso duas vezes e entrou para a clandestinidade em 1968,
recebendo uma nova identidade através do comando da Ala Vermelha. Com o
pseudônimo de Paulo Oliveira Tavares, Lins Filho mudou-se para a cidade de São
Paulo como torneiro mecânico, com o objetivo era recrutar líderes do movimento
em fábricas. Lins Filho reassumiu seu verdadeiro nome em 1980 e lembrou que
participou da construção do movimento sindical no Rio de Janeiro. Atualmente,
Lins Filho trabalha com marketing político e assessoria parlamentar. De acordo
com o Correio, Doyle “entrou na UnB
com o intuito de disseminar os ideais da Ala Vermelha”. Ele foi preso seis vezes, sendo a primeira
aos 17 anos, no ano de 1967. Em discurso, afirmou que, em seu grupo, o
tratamento aplicado pelos militares era distinto, uma vez que existiam filhos
de ministros, deputados, entre outros, sendo que só não foi torturado por ser
filho do ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Hélio Proença Doyle.
De acordo com o jornal, a Comissão de Memória e Verdade Anísio Teixeira tem por
objetivo apurar as perseguições, os abusos e os desaparecimentos de alunos,
professores e funcionários da UnB, como de Guimarães e do fundador da
instituição, Anísio Teixeira. (Correio Braziliense - 24/08/13)
Nenhum comentário:
Postar um comentário