quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Comissão de Memória e Verdade Anísio Teixeira ouviu ex-alunos perseguidos pelo regime militar

De acordo com o jornal Correio Braziliense, no dia 23/08/13 a Comissão de Memória e Verdade Anísio Teixeira, da Universidade de Brasília (UnB), ouviu ex-alunos e ex-militantes da Ala Vermelha do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) durante o regime militar (1964-1985). Álvaro Lins Filho e Hélio Doyle falaram sobre a participação no movimento estudantil entre os anos de 1965 e 1968 e a convivência com o líder da militância e ex-aluno, Honestino Guimarães, que terá seu desaparecimento investigado pela comissão. Segundo o jornal, Lins Filho, filho do ex-deputado Álvaro Lins, foi preso duas vezes e entrou para a clandestinidade em 1968, recebendo uma nova identidade através do comando da Ala Vermelha. Com o pseudônimo de Paulo Oliveira Tavares, Lins Filho mudou-se para a cidade de São Paulo como torneiro mecânico, com o objetivo era recrutar líderes do movimento em fábricas. Lins Filho reassumiu seu verdadeiro nome em 1980 e lembrou que participou da construção do movimento sindical no Rio de Janeiro. Atualmente, Lins Filho trabalha com marketing político e assessoria parlamentar. De acordo com o Correio, Doyle “entrou na UnB com o intuito de disseminar os ideais da Ala Vermelha”.  Ele foi preso seis vezes, sendo a primeira aos 17 anos, no ano de 1967. Em discurso, afirmou que, em seu grupo, o tratamento aplicado pelos militares era distinto, uma vez que existiam filhos de ministros, deputados, entre outros, sendo que só não foi torturado por ser filho do ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Hélio Proença Doyle. De acordo com o jornal, a Comissão de Memória e Verdade Anísio Teixeira tem por objetivo apurar as perseguições, os abusos e os desaparecimentos de alunos, professores e funcionários da UnB, como de Guimarães e do fundador da instituição, Anísio Teixeira. (Correio Braziliense - 24/08/13)

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