Em entrevista ao Correio Braziliense,
a ex-embaixadora estadunidense Donna Hrinak, que assumiu há um ano e meio o
comando das negociações entre a empresa estadunidense Boeing e o governo
brasileiro, informou que não pretende apenas fornecer 36 caças F-18 Super
Hornet à Força Aérea Brasileira (FAB), mas também tem a intenção de redimensionar
a relação entre a empresa e o país, buscando uma parceria para desenvolver
produtos e tecnologias. A Boeing é uma das três empresas finalistas na
licitação do Programa FX-2 de reaparelhamento da FAB. Hrinak afirmou que a
Boeing gostaria de aprimorar a parceria com a Empresa Brasileira de Aeronáutica
(Embraer) nas questões relacionadas à segurança de voo e defesa do espaço
aéreo, com destaque para a pesquisa que será financiada pela Boeing para
desenvolver uma indústria de biocombustível para aviões. Segundo Hrinak, os
Estados Unidos estão dando ao Brasil as condições que proporcionam a seus
melhores aliados com relação à transferência de tecnologia. A venda foi
aprovada pelas duas casas do Congresso estadunidense, apesar do veto à
transferência dos códigos de segurança de voo. Sobre a expectativa do anúncio
do vencedor da licitação, a ex-embaixadora afirmou que confia na decisão da
presidenta da Republica, Dilma Rousseff, mas que é preciso iniciar o processo
de montagem dos caças, que pode levar anos. O Correio informou que a FAB pretende aposentar os caças Mirage-2000
em dezembro de 2013, pressionando a conclusão das negociações do projeto FX-2. (Correio
Brasiliense – 08/09/13)
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