Em coluna para o jornal Folha de S. Paulo, Ricardo Bonalume Neto argumentou que o frágil
sistema de Defesa brasileiro e a porosidade das fronteiras tornam o país alvo de
ataques, dos quais não está preparado para se defender. Bonalume prospectou cinco
cenários hipotéticos de invasão ao Brasil. No primeiro cenário, a invasão
aconteceria pela Amazônia, neste caso, o invasor ocuparia as cidades chaves da
região, Macapá e Belém. No segundo cenário, o Brasil seria invadido pela
“Amazônia azul”, onde se localizam um dos três navios classe A da Marinha brasileira,
que são equipados para a “função policial” de patrulha. O terceiro cenário
considera uma invasão pela fronteira do estado de Roraima, onde estão sendo
feitos testes com o blindado Guarani e com o sistema de artilharia Astros II. Na
quarta previsão, o Brasil seria invadido pelas fronteiras em vários pontos do
país que passaram a contar com a proteção de aviões-radar EMB 145 ISR de
vigilância e sensoriamento remoto. No último cenário, o qual chegou a ser
considerado pelos Estados Unidos da América no ano de 1942, devido a
divergências com o governo brasileiro, a invasão aconteceria pela cidade de
Natal, no estado de Rio Grande do Norte.
De acordo Bonalume, o Brasil possui somente 325 mil militares, diante
dos 200 milhões de habitantes; em termos de equipamentos, o Brasil também se
encontra defasado, considerando que suas Forças Armadas possuem apenas metade
da frota de navios com capacidade de operar, 85 de 200 aviões de combate em
operação, apenas um terço dos quase 300 aviões de transporte estariam aptos
para uso imediato e dos cerca de dois mil blindados, somente metade pode
operar. Ainda foi destacada a obsolescência do único porta-aviões do Brasil,
fabricado no ano de 1963, que carrega caças-bombardeiros projetados na década
de 1950. (Folha de S. Paulo – Ilustríssima – 01/09/13)
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