Segundo o jornal Folha de S. Paulo,
seis membros do grupo Levante Popular da Juventude estão sendo processados na
cidade de Aracaju, estado de Sergipe, pelo crime de calúnia praticado contra o
médico José Carlos Pinheiro. O fato ocorreu após a participação dos seis
estudantes em dois “escrachos”: manifestações públicas para divulgar nomes de
pessoas que colaboraram com o regime militar (1964-1985) na prática de
violações de direitos humanos. De acordo com os manifestantes, Pinheiro teria
participado de sessões de tortura examinando o estado de saúde e avaliando o
quanto as vítimas suportariam os atos violentos praticados. Entretanto,
Pinheiro afirmou em nota que "minha formação ética e humanista não se
compadece com o auxílio a qualquer atividade de tortura". Já o advogado dos manifestantes, João Paulo
Santana, declarou que a manifestação foi baseada em depoimentos de ex-presos
políticos que teriam sido torturados na presença de Pinheiro – como no caso do
ex-vereador Marcélio Bonfim, relatado em pronunciamento na Câmara Municipal de
Aracaju, em 1989. Pinheiro afirmou que tudo não passa de um engano e que foi
confundido com outra pessoa, apesar disso ingressou com ação penal contra
Bonfim, que foi arquivada pela Justiça. (Folha de S. Paulo – Poder – 17/11/12)
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