De acordo com o
periódico O Estado de S. Paulo, a
empresa brasileira Avibrás Indústria Aeroespacial assinou com o governo da
Indonésia um acordo comercial no valor de US$ 400 milhões para equipar
batalhões especializados do Exército indonésio com unidades do lançador de foguetes
de artilharia Astros-2. Segundo o jornal, os indonésios selecionaram a versão
MK-6, a mais
avançada do portfólio de Avibrás, a qual emprega foguetes com alcance entre 9 a 100 km . O tamanho do pacote está
protegido por cláusula de confidencialidade, mas estima-se que chegue a 40
unidades. O protocolo inicial foi assinado, no dia 08/11/12, na cidade de
Jacarta, capital da Indonésia, entre o diretor da Agência de Aquisições do
Ministério da Defesa indonésio, Ediwan Prabowo, e o presidente da Avibrás, Sami
Hassuani. Segundo Hassuani, a concorrência para vender os lançadores na
Indonésia foi “pesada”. Ele estimou que os documentos finais sejam assinados em
90 dias e as entregas finalizadas em três anos. De acordo com o Estado, a amplitude do contrato foi
considerada grande, contendo dois grupos completos do Astros, com carretas
lançadoras, blindados de comunicações, comando e controle, além de viaturas
para o radar de coordenação junto das centrais de meteorologia. O ministro da
Defesa, Celso Amorim, declarou que "o negócio mostra a importância de o
Brasil dedicar-se ao trabalho com novos protagonistas e parceiros", e
destacou a relevância da Indonésia no contexto mundial, lembrando que o país
também já adquiriu aeronaves Super Tucano, da Empresa Brasileira Aeronáutica
(Embraer). No dia 22/11/12, O Estado
afirmou que tal negociação deve ser cumprida até o ano de 2015 e que o
presidente da Indonésia, Susilo Bambang, acompanhou pessoalmente os diálogos e
foi conhecer o sistema Astros na feira Expo Defense. Um diplomata e
especialista no pacto Associação das
Nações do Sudeste Asiático (Asean) destacou que as compras realizadas pelo
governo da Indonésia poderão abrir espaço para novas negociações. O jornal
ainda afirmou que a Avibrás será parceira do grupo europeu MBDA, que é
fabricante de mísseis em projetos militares espaciais. Um dos projetos “é a motorização
e integração dos novos Exocet-39 do tipo ar-superfície” que a Marinha
brasileira está comprando para utilizar em helicópteros de combate. Segundo
Hassuani, o acordo com a empresa MBDA seria “uma forma rápida de acesso às
novas tecnologias controladas”. De acordo com O Estado, o investimento da Marinha no programa é de US$ 75
milhões. Estima-se que existam 900 mísseis do mesmo tipo em estoque em 15
países, dos quais 13 se mostraram interessados em ampliar a validade
operacional dos equipamentos. A modernização se constitui na instalação de um
novo motor, de combustível sólido, revisão integral da fuselagem, partes móveis
e da carga eletrônica, chegando a custar US$ 1 milhão e abre caminho pra o
ManSup, míssil antinavio de superfície brasileiro. O primeiro voo do protótipo
do ManSup está previsto para o ano de 2017, com as entregas para 2018 e 2019,
sendo que foram destinadas US$ 50 milhões da força naval para o projeto. Amorim
mencionou que o ManSup deverá atender as necessidades brasileiras e deve ser um
produto competitivo no mercado internacional. O periódico ainda destacou que, a
curto prazo, o projeto da Avibrás com a MBDA é “um míssil antiaéreo capaz de
atingir invasores a 30 km ,
na altitude de até 15 mil metros”, sendo prioridade da Defesa para a Copa de
2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. (O Estado de S. Paulo – Economia
& Negócios – 21/11/12; O Estado de S. Paulo – Economia & Negócios – 22/11/12)
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