Segundo o jornal Correio Braziliense, Honestino Guimarães, Ieda Delgado e Paulo de
Tarso Celestino, estudantes que desapareceram durante o regime militar
(1964-1985), foram homenageados em um encontro, nomeado Tortura não tem Perdão,
na Universidade de Brasília (UnB), no dia 09/11/12, por “parentes, amigos,
contemporâneos e companheiros de luta”. O jornal destacou que “impedir que as
histórias dessas pessoas se percam no tempo e recuperar a memória do período da
ditadura militar no país foi o mote” do ato. A química e amiga de Guimarães e
Delgado, Betty Almeida, mencionou que, pelas prisões terem sido efetuadas sem o
consentimento da Justiça, os crimes “não foram só contra eles [os estudantes],
mas contra o país todo também.” O diretor da Associação dos Pós-Graduandos
Ieda Delgado, da
UnB, Fábio Borges, afirmou que espera que, em 15 meses, a Comissão Nacional da
Verdade produza um relatório “que surta efeitos a serem refletidos na garantia
da democracia”. O reitor da mesma universidade, José Geraldo de Sousa Junior,
destacou que a UnB deve “se envolver na pressão popular para que a Comissão
Nacional da Verdade [...] promova justiça”. O Correio ainda mencionou que a universidade instalou a Comissão
Memória e Verdade Anísio Teixeira, que visa analisar os casos de violações dos
direitos humanos que ocorreram na instituição, que “foi uma das universidades
que mais sofreu com perseguições, prisões, demissões e desaparecimentos de
alunos e professores durante o período da ditadura, sendo inclusive invadida em
1968” .
(Correio Braziliense – 10/11/12)
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