Segundo
o jornal O Estado de S. Paulo, a
França mudou sua estratégia na tentativa de vender os aviões de caça modelo
Rafale, da empresa Dassault, ao projeto FX-2 de reequipamento da Força Aérea
Brasileira. Com François Hollande na presidência da França, a estratégia passou
a focar a relação entre os dois países num viés de “parceria militar”, ao invés
de mera relação comercial. O ministro da Defesa francês, Jean-Yves Le Drian,
declarou ao jornal francês Le Parisien que “um Ministro da Defesa se dirige a
parceiros, e não a clientes”. Segundo uma fonte do Estado, “[nós, do governo francês] não vamos ao Brasil vender
material bélico, e sim aprofundar o diálogo político. Depois os industriais
farão o resto”. A expectativa é de que o governo brasileiro concretize a compra
dos aviões franceses em uma visita da presidenta da República Dilma Rousseff à
França, programada para dezembro de 2012, quando deverá se encontrar pela
primeira vez com Hollande. No dia 05/11/12, Le
Drian e o ministro da Defesa brasileiro, Celso Amorim, analisaram a associação
estratégica bilateral entre as duas nações, contudo sem definição da compra dos
caças. Ao término da reunião, ambos informaram que o encontro auxiliou no reforço
da relação estratégica firmada no mandato dos ex-presidentes Nicolas Sarkozy,
da França, e Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, como também para revisar a
implementação dos contratos de compra de cinco submarinos Scorpène e de 50
helicópteros Eurocopter. O ministro francês teve no dia 04/11/12 um encontro
com industriais do setor de defesa, na cidade do Rio de Janeiro. Após reunião
com Amorim, em Brasília, Le Drian foi à cidade de Itaguaí, no estado do Rio de
Janeiro, local em que estão sendo construídos a base naval e o estaleiro, onde
será montado o primeiro submarino Scorpène. O último submarino, dos cinco
adquiridos, será com propulsão nuclear, que o Brasil adaptará com sua própria
tecnologia, com previsão de entrega para 2021. O Estado enfatizou que as aquisições do setor de defesa tem como
prioridade contratos que incluam transferência de tecnologia, de forma a
construir uma indústria bélica forte no Brasil. (O Estado de S. Paulo – Nacional – 03/11/12; O Estado de S. Paulo – Nacional – 06/11/12)
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