quinta-feira, 15 de novembro de 2012

França muda estratégia para venda de aviões modelo Rafale

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a França mudou sua estratégia na tentativa de vender os aviões de caça modelo Rafale, da empresa Dassault, ao projeto FX-2 de reequipamento da Força Aérea Brasileira. Com François Hollande na presidência da França, a estratégia passou a focar a relação entre os dois países num viés de “parceria militar”, ao invés de mera relação comercial. O ministro da Defesa francês, Jean-Yves Le Drian, declarou ao jornal francês Le Parisien que “um Ministro da Defesa se dirige a parceiros, e não a clientes”. Segundo uma fonte do Estado, “[nós, do governo francês] não vamos ao Brasil vender material bélico, e sim aprofundar o diálogo político. Depois os industriais farão o resto”. A expectativa é de que o governo brasileiro concretize a compra dos aviões franceses em uma visita da presidenta da República Dilma Rousseff à França, programada para dezembro de 2012, quando deverá se encontrar pela primeira vez com Hollande. No dia 05/11/12, Le Drian e o ministro da Defesa brasileiro, Celso Amorim, analisaram a associação estratégica bilateral entre as duas nações, contudo sem definição da compra dos caças. Ao término da reunião, ambos informaram que o encontro auxiliou no reforço da relação estratégica firmada no mandato dos ex-presidentes Nicolas Sarkozy, da França, e Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, como também para revisar a implementação dos contratos de compra de cinco submarinos Scorpène e de 50 helicópteros Eurocopter. O ministro francês teve no dia 04/11/12 um encontro com industriais do setor de defesa, na cidade do Rio de Janeiro. Após reunião com Amorim, em Brasília, Le Drian foi à cidade de Itaguaí, no estado do Rio de Janeiro, local em que estão sendo construídos a base naval e o estaleiro, onde será montado o primeiro submarino Scorpène. O último submarino, dos cinco adquiridos, será com propulsão nuclear, que o Brasil adaptará com sua própria tecnologia, com previsão de entrega para 2021. O Estado enfatizou que as aquisições do setor de defesa tem como prioridade contratos que incluam transferência de tecnologia, de forma a construir uma indústria bélica forte no Brasil. (O Estado de S. Paulo – Nacional – 03/11/12; O Estado de S. Paulo – Nacional – 06/11/12)

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