quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Livro conta trajetória de desaparecido político

Segundo o periódico Correio Braziliense, foi lançado no dia 29/10/12 o livro “Seu amigo esteve aqui”, da jornalista Cristina Chacel, que conta a trajetória do militante de esquerda Carlos Alberto Soares de Freitas –conhecido como Beto– que teve importante atuação na luta contra o regime militar (1964-1985), e desapareceu após ter sido preso em fevereiro de 1971. A autora, que foi convidada por amigos e familiares de Freitas para escrever sua história, utilizou 60 depoimentos de pessoas que conviveram com ele em diferentes períodos, incluindo o da presidenta da República, Dilma Rousseff. Freitas, nascido em 1939, na cidade de Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais, ingressou no curso de sociologia da Universidade Federal de Minas Gerais, onde iniciou seu ativismo político. Defensor dos ideais marxistas, o jovem tornou-se importante liderança nos movimentos de esquerda. De acordo com Rousseff, em seu depoimento, "foi assim que eu me iniciei no marxismo. Depois ele dava os livros do Lenin. Eu li tudo do Lenin com ele, tudo, sem exceção". Em outro depoimento, uma ex-presa política afirmou que Freitas foi preso na cidade do Rio de Janeiro e, posteriormente, levado para uma casa clandestina na cidade de Petrópolis, também no estado do Rio de Janeiro, que era conhecida como Casa da Morte. Em depoimento à Comissão Nacional da Verdade, o sargento reformado Marival Dias Chaves afirmou que cerca de 100 presos políticos foram levados à Casa da Morte, interrogados sob tortura, e depois assassinados. (Correio Braziliense – 03/11/12)

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