quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Comissão da Verdade abre nova investigação sobre morte de Anísio Teixeira

De acordo com os jornais Correio Brasiliense, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, no dia 06/11/12 a Comissão Nacional da Verdade (CNV) firmou um termo de cooperação com a Comissão de Memória e Verdade Anísio Teixeira, vinculada à Universidade de Brasília (UnB), que terá por finalidade facilitar uma investigação sobre a morte do educador e ex-reitor da UnB, Anísio Teixeira. O educador foi encontrado morto no fosso do elevador de um prédio na cidade do Rio de Janeiro, em 1971, durante o regime militar (1964-1985).  Segundo o Correio e a Folha, embora a versão oficial de sua morte afirme ter sido um acidente, a família e até mesmo policiais consideraram que as circunstâncias em que o corpo foi encontrado eram “estranhas”. Teixeira era visto como comunista pelo governo e teve seus direitos políticos cassados em 1964, logo após o início do regime. De acordo com o membro da CNV, Paulo Sérgio Pinheiro, "nunca vão nos convencer das versões idiotas, que foram absolutamente ‘me engana que eu gosto’, dadas para esse crime". As comissões receberam um dossiê entregue pela família de Teixeira, em que constam informações como a de que o elevador onde teria acontecido o acidente tinha passado por uma revisão 20 dias antes do ocorrido, e a informação de que amigos teriam avisado que Teixeira fora preso pela Aeronáutica antes de ser morto. De acordo com o Estado, o convênio favorece, sobretudo, a atuação do colegiado da UnB, que poderá ter acesso a documentos sigilosos e convocar depoimentos. O jornal ainda informou que também são investigadas as mortes dos ex-presidentes João Goulart e Juscelino Kubitschek, bem como a do embaixador José Jobim. (Correio Braziliense – 07/11/12; Folha de S. Paulo – Poder - 08/11/12; O Estado de S. Paulo - Nacional – 07/11/12)

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