De
acordo com os jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, foram
depredadas estátuas e o Ossário Geral do cemitério de Araçá, em São Paulo, onde
se encontram mais de mil ossadas de desaparecidos políticos encontrados em 1990
no cemitério de Perus. A obra feita em homenagem às vítimas do regime militar (1964-1985),
“Penetrável Genet”, de Celso Sim e Anna Ferrari, também foi danificada. O
ataque aconteceu pouco tempo depois de ato inter religioso realizado pelo
Comitê Paulista pela Memória, Verdade e Justiça, mas os monolitos destruídos e
as ossadas espalhadas não eram dos restos mortais encontrados em Perus. Rogério
Sottili, secretário municipal de Direitos Humanos de São Paulo, afirmou que a
situação é delicada e disse estar em contato com o presidente da Comissão sobre
Mortos e Desaparecidos Políticos da Presidência da República, Marco Antônio
Barbosa, com a intenção de criar um grupo de antropologia forense que
identifique as ossadas. Apesar de nenhum grupo ter reivindicado publicamente a
autoria do ataque, o deputado estadual Adriano Diogo, presidente da Comissão da
Estadual da Verdade, afirmou que a pichação poderia revelar uma assinatura e,
portanto, a autoria do ocorrido. Segundo O Estado, o artista Celso Sim destacou
que os computadores que estavam no local não foram levados, o que poderia ser
indicativo do ato como crime político. A exposição Penetrável Genet foi
inaugurada simbolicamente no cemitério e encontra-se aberta ao público. (Folha
de S. Paulo – Poder – 04/11/13; O Estado de S. Paulo – Metrópole – 04/11/13)
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