Segundo
o jornal Correio Brasiliense, o governo federal articula com empresas
brasileiras um projeto de rastreamento de explosivos de origem nacional e
importada, que seja implementado a partir do primeiro semestre de 2014. Esse
projeto tem como objetivo evitar incidentes em locais de grande aglomeração de
pessoas, inibir o uso de explosivos em caixa eletrônicos, presídios e outros.
Nesses locais serão instalados dispositivos de radiofrequência que
possibilitarão a localização dos materiais. A parceria entre o setor privado e
o Ministério da Defesa se iniciou em 2011 e tem como meta rastrear todo o
segmento da cadeia produtiva de explosivos. Atualmente, está em teste o
desenvolvimento de um processo de introdução de um chip na dinamite e
acionadores para todos o fabricantes, tornando o Brasil um pioneiro no
desenvolvimento desse tipo de tecnologia. De acordo com o Comando do Exército,
os explosivos já possuem um número de identificação, denominado Identificação
Individual Seriada (IIS), quando saem da indústria ou entram no país. Conforme
o jornal, o Brasil fabrica 300 mil toneladas de explosivos por ano e apenas uma
pequena parcela é importada para ser utilizada, geralmente, na exploração de
petróleo. Segundo o major João Luiz Machado, da Diretoria de Fiscalização de
Produtos Controlados do Exército, a iniciativa encontra resistência de algumas
empresas devido ao aumento no custo de fabricação, mas isso não impedirá o
Exército de fiscalizar o uso de explosivos. Inicialmente está sendo realizada a
identificação serial desses explosivos, para depois introduzir a utilização do
chip. Segundo o major, existem centenas de fabricantes de explosivos no Brasil,
mas somente dez dominam 90% do mercado. O técnico responsável por detonar os
explosivos também será monitorado através de um cadastro obrigatório, que o
autoriza a ser contratado. A última norma para o rastreamento obriga que as
empresas que sofrerem furto ou desvio de explosivos comuniquem o ocorrido ao
Exército em até 24 horas. (Correio Braziliense – 27/10/13)
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