Segundo
o periódico Correio Braziliense, vários locais foram usados para repressão e
também pelos movimentos de resistência em Brasília, capital federal, durante o
regime militar (1964-1985). Porém, após 49 anos da tomada de poder pelos
militares, ainda existem poucos locais concretos de memória do período. De
acordo com o Correio, um deles é a Universidade de Brasília (UnB), local onde
funciona a Comissão Anísio Teixeira de Memória e Verdade. Outro ponto
importante é o Arquivo Nacional que funciona na Imprensa Nacional, situada no
Setor de Indústrias Gráficas de Brasília, onde há caixas e computadores
contendo documentos do período. Apesar disso, segundo o jornal, os
acontecimentos do regime militar ainda estão restritos à memória dos que os
vivenciaram. De acordo com Mateus Guimarães, sobrinho do líder estudantil
Honestino Guimarães, existem muitos locais simbólicos dos quais não se tem
informação alguma e que a mudança nesse sentido deve vir de um processo de
educação. Segundo Daniel Faria, professor da UnB e integrante da Comissão da
Verdade da instituição, a memória fica “à mercê dos jogos políticos do momento
e do esquecimento” quando não há local concreto para ser preservada. Ainda de
acordo com o Correio, desde 1976 a ponte projetada por Oscar Niemeyer tem o
nome do ex-presidente da República Arthur da Costa e Silva, cuja gestão
recrudesceu a censura e a opressão do regime militar e, apesar de queixas de
moradores da cidade, permanece com a nomenclatura inalterada. (Correio
Braziliense – 06/11/13)
Nenhum comentário:
Postar um comentário