De
acordo com o jornal Correio Braziliense, a Avenida W3 Sul e repúblicas de
estudantes eram os principais pontos de encontro de militantes em Brasília,
capital federal, durante o regime militar (1964-1985). Apesar do caráter
onipresente do governo na época, alguns militantes conseguiram empreender ações
bem sucedidas. O jornal contou a história do ex-estudante Aylê Salassié, hoje
professor de comunicação e doutor em história, cujo carro serviu de transporte
para militantes durante missões de protesto. Salassié afirmou que chegou a
responder por pelo menos 10 inquéritos policiais militares.O Correio destacou
que algumas repúblicas de estudantes no Plano Piloto foram investigadas
constantemente por reunirem jovens que, muitas vezes, conforme os militares,
adotavam comportamento heterodoxo. O jornal ressaltou que o Ministério do
Exército na época produziu um relatório especial de informações bastante
detalhado relatando o comportamento de estudantes. O relatório incluía detalhes
como círculo de amizades, locais frequentados e relações entre os investigados.
O Correio ainda esclareceu que, no contexto do regime militar, uma casa usada como
refúgio de grupo de ativistas ou de organização política clandestina era
conhecida por “célula”. Tais células eram hierarquicamente organizadas e
possuíam comando próprio. (Correio Braziliense – 04/11/13)
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