quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Morte de ex-presidente da República voltou a ser investigada

De acordo com o jornal Correio Braziliense, Josias Nunes de Oliveira, motorista que dirigia o ônibus envolvido no acidente que matou o ex-presidente da República, Juscelino Kubitschek (JK), prestou depoimento à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. O motorista aposentado, considerado principal testemunha do caso, já foi ouvido pela Comissão da Verdade de São Paulo, onde afirmou ter recusado uma mala de dinheiro oferecida para que assumisse o suposto crime. Segundo Durval Ângelo, deputado estadual que solicitou a audiência, “o surgimento de novos fatos caracteriza como atentado político o acidente que provocou a morte de JK e de seu motorista”. O jornal destacou que as dúvidas quanto às circunstâncias da morte de Kubitschek se devem ao fato do acidente ter ocorrido na época em que a Operação Condor, ação conjunta de governos militares do Cone Sul contra seus os opositores, vigorava. O Estado também ressaltou que uma carta do coronel chileno Manuel Contreras enviada ao então general brasileiro João Baptista Figueiredo, chefe do Serviço Nacional de Informações (SNI), em 1975, seria outro fator gerador de suspeitas. Na época morreram também o ex-ministro do Exterior chileno, Orlando Letelier, o ex-presidente da República brasileiro, João Goulart, e o ex-governador do estado da Guanabara, na atual cidade do Rio de Janeiro, Carlos Lacerda. Os três brasileiros formavam o grupo de oposição ao regime militar Frente Ampla. Ainda de acordo com o jornal, o pedido de nova investigação do fragmento metálico encontrado no crânio de Geraldo Ribeiro, motorista de Kubitschek, foi acatado pelo governo do estado de Minas Gerais. No dia 05/11/13, o jornal Folha de S. Paulo, informou que, em seu depoimento, Josia Nunes de Oliveira negou novamente ter causado o acidente e reafirmou a versão de que homens o haviam oferecido dinheiro para que assumisse a culpa pelo ocorrido. Segundo a Folha, a Comissão reivindicou que o Estado faça um pedido formal de desculpas e que pague uma indenização ao ex-motorista. (Correio Braziliense – 04/11/13; Folha de S. Paulo – Poder – 05/11/13)


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