quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Segurança na Jornada Mundial da Juventude

De acordo com o jornal Correio Braziliense, no dia 20/07/13, antevéspera da chegada do papa Francisco ao Brasil, a presidenta da República, Dilma Rousseff, se encontrou com os ministros da Defesa, Celso Amorim, da Justiça, José Eduardo Cardoso, da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e das Relações Exteriores, Antônio Patriota, com o intuito de revisar detalhes da atuação do governo federal na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), especialmente no que se referia às ações de segurança e logística, assim como atividades que envolveriam a presidenta. A Agência Brasileira de Inteligência alertou sobre a possibilidade de manifestações durante o evento; porém, o governador do estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, afirmou, em coletiva de imprensa, que as forças de segurança estavam preparadas para lidar com a situação, recusando a oferta de Rousseff em disponibilizar homens do Exército para auxiliar na manutenção da ordem, com atenção à zona sul da cidade. Segundo o Correio, a atmosfera que predominava entre as autoridades brasileiras durante a visita do papa Francisco ao país era de apreensão, principalmente por causa das manifestações que vem ocorrendo no Brasil desde o último mês, e que ocorreram durante a JMJ. Outros problemas foram a decisão do pontífice de abrir mão de alguns aparatos de segurança, como os carros blindados, para que pudesse estar mais próximo da população; e algumas mudanças na agenda do evento. Segundo o general e coordenador da segurança das Forças Armadas, José Abreu, haveria maior tranquilidade por parte dos responsáveis pela segurança se o papa tivesse optado por carros blindados. De acordo com os jornais Correio Braziliense e O Estado de S. Paulo, na chegada ao país, o pontífice foi recebido por autoridades brasileiras no Palácio Guanabara, realizando o deslocamento em helicóptero do 3º Comando Aéreo Regional. Já no terceiro dia de estadia, o papa Francisco visitou o Santuário Nacional de Nossa Senhora de Aparecida, na cidade de Aparecida do Norte, estado de São Paulo, e contou com uma equipe de segurança de 5 mil homens das Forças Armadas e das Polícias Civil, Militar e Federal, dentre esses 2,2 mil soldados do Exército. Segundo os jornais Correio, Folha de S. Paulo e O Estado, durante as revistas no Santuário, membros da Força Aérea Brasileira (FAB) encontraram uma bomba caseira composta por cano plástico “recheado de explosivos” e reforçado com fita adesiva. Após a descoberta, a FAB acionou o Esquadrão Antibombas do Grupo de Ações Táticas Especiais da Polícia Militar, que isolou o lugar e, após análise de risco, detonou o artefato. Durante a visita do papa ao Santuário de Aparecida, 4.040 militares do Centro de Coordenação de Defesa de Área de São Paulo acompanharam os procedimentos de segurança aérea, que incluiu quatro helicópteros do Comando de Aviação do Exército, os quais permaneceram no ar com equipes de intervenção rápida antiterrorismo e de resgate, sendo uma das aeronaves equipada com sistema ótico digital de grande distância em alta resolução. Atiradores de precisão (snipers) do esquadrão da Guarda Suíça, capazes de atingir alvos a 800 metros, estavam posicionados na cobertura da praça do Santuário. No dia 26/07/13, O Estado informou que militares da Marinha e agentes da Policia Federal revistaram oito casas que poderiam ser visitadas pelo papa em sua visita à favela da Varginha, na zona norte do Rio de Janeiro. Segundo O Estado, os fuzileiros navais procuravam por artefatos químicos, biológicos, radiológicos e nucleares e os policiais federais por explosivos. De acordo com o Correio, o esquema de segurança individual preparado para o papa Francisco foi o maior do gênero já montado no país, e contou ao todo com o envolvimento de cerca de 17 mil homens. Além disso, de acordo com O Estado, o preço final das operações de segurança para a visita do pontífice foi menor que a estimativa inicial. O governo, que previa gasto de R$ 74 milhões, pagou apenas R$ 27,5 milhões em treinamento, combustível, transporte, alimentação e infraestrutura. Segundo Amorim, "os principais investimentos visam a modernizar as Forças Armadas e não apenas atender às demandas dos grandes eventos”.  (Correio Braziliense – 20/07/13; Correio Braziliense – 21/07/13; Correio Braziliense – Política – 22/07/13; Correio Braziliense – 23/07/13; Correio Braziliense - 24/07/13; Folha de S. Paulo – Poder – 22/07/13; Folha de S. Paulo – Poder – 23/07/13; O Estado de S. Paulo – Metrópole – 20/07/13; O Estado de S. Paulo – Metrópole – 21/07/13; O Estado de S. Paulo – Metrópole – 23/07/13; O Estado de S. Paulo – Metrópole – 24/07/13; O Estado de S. Paulo – Metrópole – 25/07/13; O Estado de S. Paulo – Metrópole – 26/07/13)

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