Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, houve uma mudança no perfil do
Brasil no cenário internacional no que concerne à cooperação. Até o final da
década de 1990 o país era um tradicional receptor de recursos externos, porém,
a partir dos anos 2000, tornou-se fornecedor destes, com foco nos países em
desenvolvimento. Essa mudança de perfil, segundo o jornal, também aconteceu com
outras economias emergentes como a China, Índia e Turquia. De acordo com O
Estado, o Brasil gastou, entre 2005 e 2010, pelo menos R$ 6,6 bilhões em
cooperação internacional. Desse montante, 55% destinaram-se a organizações
internacionais e 20% foram gastos com operações de manutenção de paz, sendo a
principal delas a Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (sigla
em francês, MINUSTAH). O restante teria sido usado em ajuda humanitária,
transferência de tecnologia e bolsas de estudo a estrangeiros. Segundo o
jornal, em 2010, o Brasil gastou R$ 1,6 bilhão (em valores corrigidos pela
inflação, R$ 1,9 bilhão) em cooperação, o que representa um aumento de 91% com
relação a 2009, sendo que o maior aumento ocorreu nas despesas com operações de
manutenção de paz que cresceram 3,6 vezes, totalizando R$ 684 milhões. De
acordo com O Estado, esse aumento foi causado pelo terremoto no Haiti de
janeiro de 2010, elevou o número de militares brasileiros enviados ao país. (O
Estado de S. Paulo – Internacional – 05/08/13)
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