sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Brasil gastou R$ 689 milhões com adicionais salariais a militares que participaram da missão de paz no Haiti

De acordo com o periódico Folha de S. Paulo, o governo brasileiro gastou, desde 2004 até dezembro de 2012, R$ 689 milhões com adicionais salariais para os militares que serviram na missão da Organização Nações Unidas (ONU) no Haiti, valor que até então não integrava os balanços do governo. A indenização é prevista em lei aprovada pelo Congresso Nacional e consiste em uma remuneração mensal extra, paga em dólar aos militares que participam da missão no Haiti. Segundo a Folha, em justificativa enviada em 2004 ao Congresso Nacional para aprovação da lei, o então ministro da Defesa, José Viegas, ressaltou que os gastos com a operação de paz estariam relacionados “em linhas gerais” com o pagamento dos militares no exterior e as viagens de inspeção, apoio e coordenação, uma vez que os demais custos seriam cobertos pela indenização prevista na legislação da ONU para esse tipo de operação. Porém, dos R$ 3,04 bilhões investidos pelo governo brasileiro, apenas R$ 709 milhões foram reembolsados pela Organização. O Ministério da Defesa informou em nota à Folha que os gastos cobertos pela ONU seriam relativos ao emprego efetivo das tropas e que os custos referentes às fases anteriores e posteriores são arcados pelo país contribuinte. Apesar de não haver previsão oficial para retirada das tropas brasileiras do Haiti, que hoje são formadas por 1.120 militares, o atual ministro da Defesa, Celso Amorim, revelou em maio de 2013 que pretende "progressivamente deixar para o Haiti a responsabilidade por sua segurança e pela manutenção da lei e da ordem". O Exército ressaltou em nota que a presença brasileira no Haiti traz prestigio à política externa e às Forças Armadas brasileiras. (Folha de S. Paulo – Mundo – 30/07/13)

Nenhum comentário:

Postar um comentário