De
acordo o jornal O Estado de São Paulo, os caças Mirage-2000 C/B serão
desativados até o dia 31/12/13, por terem atingido esgotamento total. O lote de
caças que equipam o 1º Grupo de Defesa Aérea, da Base de Anápolis no estado de
Goiás, e responsável pela defesa aérea da capital federal, Brasília, chegou a ter
sua vida útil prolongada por dois anos e meio, através de um programa logístico
da Dassault Aviation. Entretanto, o prazo máximo dado pela empresa para
utilizá-los terminou em 2011. Segundo o jornal, a degradação dos caças foi
tanta que os impossibilitaram de serem negociados no mercado internacional.
Para não deixar Brasília e mais 1,5 milhão de quilômetros quadrados do
território nacional desprotegido, a solução imediata seria o deslocamento de 6
a 12 caças F-5M, restaurados pela Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer),
para a Base de Anápolis. Outra possibilidade seria a incorporação de outras
aeronaves usadas, fato que tem desagradado o Alto Comando da FAB, pois os
Mirages já haviam sido comprados da França pelo então presidente da República,
Luiz Inácio Lula da Silva, em 2005, por US$ 80 milhões, como recurso provisório
até a conclusão do programa de reequipamento da aviação de combate, FX-2, que
já dura 17 anos. De acordo com o jornal, o ministro da Defesa, Celso Amorim,
afirmou que o resultado do programa FX-2 será conhecido até dezembro de 2013.
Ainda de acordo com O Estado, a Comissão de Relações Exteriores e Defesa
Nacional do Senado Federal realizará, no dia 13/08/13, uma audiência pública
com o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, para discutir as
questões envolvendo a aquisição dos novos caças pelo programa FX-2. No mesmo
dia, será discutida também a questão dos satélites geoestacionários de defesa e
comunicações estratégicas com o presidente da Telecomunicações Brasileira (Telebrás),
Caio Bonilha. De acordo com o jornal, o presidente da Comissão, senador federal
Ricardo Ferraço, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), já
ouviu as exposições das três empresas - a estadunidense Boeing Defence, a
francesa Dassault Aviation, e a sueca Saab – as quais disputam o fornecimento
dos 36 caças, suprimentos e transferência tecnológica do programa FX-2, no
valor estimado entre US$ 4,5 e 6,5 bilhões. (O Estado de S. Paulo – Política –
05/08/13; O Estado de S. Paulo – Política – 06/08/13)
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