sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Brasil e Estados Unidos voltam a negociar o uso do Centro de Lançamento de Alcântara

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o governo brasileiro voltou a negociar com os Estados Unidos o uso do Centro de Lançamento de Alcântara, no estado do Maranhão. As negociações se iniciaram durante o governo do então presidente da República Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), que assinou o Tratado de Salvaguardas (2000). Segundo O Estado, o acordo estabelecia um excesso de restrições, como a reserva de áreas na base para uso exclusivo dos estadunidenses, as quais teriam ocasionado a sua reprovação pelo Congresso Nacional e o abandono das negociações pelo então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010). A intenção do atual governo é permitir o uso da base pelos estadunidenses, mas sem limitar o acesso dos brasileiros e tampouco impedir que o Brasil firme acordos com outros países. Segundo o jornal, o governo vislumbra que com o ativo gerado por este tipo de acordo –um lançamento pode custar entre US$ 25 a 30 milhões– poderá financiar o programa espacial brasileiro. O Ministério das Relações Exteriores brasileiro espera que o novo acordo seja assinado durante a visita da presidenta da República, Dilma Rousseff, à capital estadunidense Washington, em outubro de 2013. O Estado informou que a localização da base é considerada ideal para o lançamento de foguetes e satélites, e pode diminuir em até 30% o custo da operação. Entretanto, nenhum lançamento foi feito de Alcântara, uma vez que o Brasil não possui tecnologia para usufruir das instalações, e não concretizou nenhum acordo de utilização da base com qualquer outro país. Em 2003, o Brasil fez um acordo com a Ucrânia para o desenvolvimento conjunto do foguete Cyclone-4, a partir da criação da empresa binacional Alcântara Cyclone Space. Porém, até o momento, o projeto não teve resultados. Em visita do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, à Ucrânia, em 2013, foi reafirmada a promessa de que o foguete estaria pronto até 2014. (O Estado de S. Paulo – Política – 29/07/13)

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