quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Base de lançamentos de foguetes de Alcântara volta à agenda de negociações

Em coluna para o jornal Folha de S. Paulo, o jornalista Elio Gaspari afirmou que o tema da participação estadunidense na base de lançamento de foguetes na cidade de Alcântara, estado do Maranhão, voltou à agenda de negociações da presidenta da República Dilma Rousseff. De acordo com jornalista, “o projeto de Alcântara é de 1983, já consumiu R$ 400 milhões, matou 21 cientistas e não serviu para lançamento relevante. Atualmente, patina numa parceria com a Ucrânia”. A localização privilegiada da Base de Alcântara, próxima à linha do Equador, atraiu o interesse dos Estados Unidos no ano 2000, mas a Força Aérea Brasileira (FAB) não aprovou a criação de áreas restritas em seu território, e logo depois, o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, se opôs à participação estadunidense. Gaspari afirmou que a aproximação com os Estados Unidos pode ser uma boa ideia, mas relembrou que, nos anos 1950, o então presidente da República, Juscelino Kubitschek, permitiu a instalação de uma base estadunidense de rastreamento de mísseis no arquipélago de Fernando de Noronha, no estado de Pernambuco, assegurando que a operação resguardaria a soberania nacional na ilha. No entanto, documentos sigilosos revelaram que certos equipamentos ficaram inacessíveis aos brasileiros. Na época, quando um oficial brasileiro foi impedido de entrar em uma sala, o então ministro da Guerra, Henrique Lott, levou o caso ao Estado-Maior do Exército. A resposta que obteve do coronel Ernesto Geisel, encarregado do assunto, foi “tais restrições foram aceitas por Vossa Excelência”. (Folha de S. Paulo – Poder – 21/07/13)

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