Em coluna para o jornal Folha de S.
Paulo, o jornalista Elio Gaspari afirmou que o tema da participação estadunidense
na base de lançamento de foguetes na cidade de Alcântara, estado do Maranhão,
voltou à agenda de negociações da presidenta da República Dilma Rousseff. De
acordo com jornalista, “o projeto de Alcântara é de 1983, já consumiu R$ 400
milhões, matou 21 cientistas e não serviu para lançamento relevante. Atualmente,
patina numa parceria com a Ucrânia”. A localização privilegiada da Base de
Alcântara, próxima à linha do Equador, atraiu o interesse dos Estados Unidos no
ano 2000, mas a Força Aérea Brasileira (FAB) não aprovou a criação de áreas
restritas em seu território, e logo depois, o ex-presidente da República, Luiz
Inácio Lula da Silva, se opôs à participação estadunidense. Gaspari afirmou que
a aproximação com os Estados Unidos pode ser uma boa ideia, mas relembrou que,
nos anos 1950, o então presidente da República, Juscelino Kubitschek, permitiu
a instalação de uma base estadunidense de rastreamento de mísseis no
arquipélago de Fernando de Noronha, no estado de Pernambuco, assegurando que a
operação resguardaria a soberania nacional na ilha. No entanto, documentos
sigilosos revelaram que certos equipamentos ficaram inacessíveis aos
brasileiros. Na época, quando um oficial brasileiro foi impedido de entrar em
uma sala, o então ministro da Guerra, Henrique Lott, levou o caso ao
Estado-Maior do Exército. A resposta que obteve do coronel Ernesto Geisel,
encarregado do assunto, foi “tais restrições foram aceitas por Vossa
Excelência”. (Folha de S. Paulo – Poder – 21/07/13)
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