Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a coordenadora da Comissão
Nacional da Verdade (CNV), Rosa Maria Cardoso da Cunha, afirmou, em entrevista
coletiva no dia 05/08/13 em São Paulo, que o debate sobre a Lei de Anistia
(1979) “não está esgotado”. Para Cunha, há uma forte tendência por parte do
Brasil em cumprir a sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos
(CIDH), que rejeitou a anistia dos agentes estatais acusados de violações de
direitos humanos durante o regime militar (1964-1985). Ao ser indagada sobre a
decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que considerou válida a anistia concedida
aos agentes do Estado que perseguiram os opositores do regime, Cunha respondeu
que o tribunal ainda não se manifestou a respeito dos embargos que questionam
essa decisão. Ela ainda afirmou que “há uma consciência cada vez mais profunda
de que o Brasil deve cumprir os tratados sobre direitos humanos que assinou”.
Além disso, a coordenadora da CNV afirmou que em reunião com a Comissão da
Verdade e Justiça da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a entidade decidiu
que levará o debate sobre a anistia para o maior número de advogados possível.
Ao Estado, o coordenador da comissão, o Henrique Mariano, afirmou que a
entidade está focada no debate sobre os embargos a ser julgados pelo STF. (O
Estado de S. Paulo – Política – 06/08/13)
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