Segundo o jornal Correio Brasiliense,
acabou, no dia 16/08/13, o mandato da coordenadora da Comissão Nacional da
Verdade (CNV), a advogada Rosa Maria Cardoso. Apesar de ter sido escolhida para
ocupar o cargo até o encerramento de seus trabalhos, Cardoso o deixou devido a
uma série de desentendimentos nos quais se envolveu. Seu sucessor será o
advogado José Carlos Dias, que assumirá o cargo no dia 26/08/13, quando for
oficialmente eleito pelo grupo. Assim que confirmado no cargo de coordenador,
Dias se reunirá com a presidenta da República, Dilma Rousseff, para discutir um
novo ciclo de trabalhos, desta vez sem desentendimentos entre o colegiado. De acordo
com o Correio, as discordâncias entre os pesquisadores da CNV se tornaram
evidentes com a saída do
ex-procurador-geral da República, Claudio Fonteles, em junho de 2013,
pois alguns membros descordavam dos artigos publicados por Fonteles sobre os documentos
do Arquivo Nacional, que este considerava de conhecimento geral. Seu maior
crítico era o professor Paulo Sérgio Pinheiro, que entendia que somente com o
término dos trabalhos e a entrega do relatório final os resultados das
investigações deveriam ser divulgados. Entretanto, as divergências se acirraram
quando Cardoso assumiu a Comissão, uma vez que ela enviou uma carta a Rousseff
pedindo a demissão de três integrantes do colegiado e a reintegração de
Fonteles. Apesar da presidenta ter declinado o pedido, Cardoso tentou aplicar
na CNV sua própria ideia de como ela deveria ser, porém “(...) não era o que a
CNV tinha até então”, segundo um integrante do grupo. Devido aos
desentendimentos, foi descartada a possibilidade de eliminar o esquema de
rodízio na coordenação. O sucessor de Cardoso trabalhará com o desafio de
pacificar os conflitos internos e concluir os trabalhos com dois pesquisadores
a menos: Fonteles e o ministro Gilson Dipp, que se afastou por motivos de
saúde. (Correio Brasiliense – 16/08/13)
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