quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Começa a preparação para a exumação do corpo do ex-presidente da República João Goulart

Segundo os jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, representantes da Secretaria de Direitos Humanos, da Comissão Nacional da Verdade (CNV) e peritos da Polícia Federal (PF) averiguaram, no dia 21/08/13, o jazigo onde estão os restos mortais do ex-presidente da República João Goulart, no Cemitério Jardim da Paz, na cidade de São Borja, no estado do Rio Grande do Sul. De acordo com O Estado, o intuito dessa visita era verificar as condições do jazigo e seu entorno para os estudos de logística para a remoção e o transporte do caixão ao Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília, sejam iniciados. Após essa averiguação, a PF apresentará um relatório,  na data provável de 17/09/13, em uma reunião em Brasília diante de representantes do governo e familiares. Os restos mortais de Goulart serão exumados para apurar se os indícios confirmam  a morte do ex-presidente por envenenamento em 1976, quando estava exilado na Argentina, durante o regime militar (1964-1985). O procedimento final aconteceria ainda em 2013, com data a ser definida, e peritos internacionais da Argentina, Uruguai e Cuba também deverão participar das análises. A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, declarou não restar dúvidas de que Goulart foi monitorado e mantido sob pressão durante todo o seu exílio. Segundo O Estado, o atestado de óbito, lavrado na Argentina, aponta que a causa da morte do ex-presidente foi por “enfermedad”, porém, à época, seu corpo não foi submetido à autópsia nem no Brasil, nem na Argentina. De acordo com O Estado, as suspeitas de morte intencionada vieram à tona quando o ex-agente militar uruguaio Mario Neira Barreiro, afirmou, em 2002, que Goulart fora envenenado, além do surgimento de informações sobre a atuação de químicos a serviço dos regimes militares sul-americanos, a sequência de mortes com características análogas e o envolvimento de agentes da Agência Central de Inteligência (em inglês, CIA) e da Agência Federal de Investigação (em inglês, FBI). Segundo O Estado, a família do ex-presidente fez, em 2007, um pedido de investigação junto ao Ministério Público, após as declarações de Barreiro. (Folha de S. Paulo – Poder – 22/08/13; O Estado de S. Paulo – Política – 22/08/13)

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