Segundo os jornais Folha de S. Paulo e O Estado
de S. Paulo, representantes da Secretaria de Direitos Humanos, da Comissão
Nacional da Verdade (CNV) e peritos da Polícia Federal (PF) averiguaram, no dia
21/08/13, o jazigo onde estão os restos mortais do ex-presidente da República
João Goulart, no Cemitério Jardim da Paz, na cidade de São Borja, no estado do
Rio Grande do Sul. De acordo com O Estado,
o intuito dessa visita era verificar as condições do jazigo e seu entorno para
os estudos de logística para a remoção e o transporte do caixão ao Instituto
Nacional de Criminalística, em Brasília, sejam iniciados. Após essa
averiguação, a PF apresentará um relatório,
na data provável de 17/09/13, em uma reunião em Brasília diante de
representantes do governo e familiares. Os restos mortais de Goulart serão
exumados para apurar se os indícios confirmam
a morte do ex-presidente por envenenamento em 1976, quando estava
exilado na Argentina, durante o regime militar (1964-1985). O procedimento
final aconteceria ainda em 2013, com data a ser definida, e peritos
internacionais da Argentina, Uruguai e Cuba também deverão participar das
análises. A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário,
declarou não restar dúvidas de que Goulart foi monitorado e mantido sob pressão
durante todo o seu exílio. Segundo O
Estado, o atestado de óbito, lavrado
na Argentina, aponta que a causa da morte do ex-presidente foi por
“enfermedad”, porém, à época, seu corpo não foi submetido à autópsia nem no
Brasil, nem na Argentina. De acordo com O
Estado, as suspeitas de morte intencionada vieram à tona quando o ex-agente
militar uruguaio Mario Neira Barreiro, afirmou, em 2002, que Goulart fora
envenenado, além do surgimento de informações sobre a atuação de químicos a
serviço dos regimes militares sul-americanos, a sequência de mortes com
características análogas e o envolvimento de agentes da Agência Central de
Inteligência (em inglês, CIA) e da Agência Federal de Investigação (em inglês,
FBI). Segundo O Estado, a família do
ex-presidente fez, em 2007, um pedido de investigação junto ao Ministério
Público, após as declarações de Barreiro. (Folha de S. Paulo – Poder –
22/08/13; O Estado de S. Paulo – Política – 22/08/13)
Nenhum comentário:
Postar um comentário