De acordo com os jornais Correio
Braziliense, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, o major-brigadeiro-do-ar
Rui Moreira Lima morreu aos 94 anos após 47 dias internado no Hospital Central
da Aeronáutica, no Rio de Janeiro, em decorrência de um acidente vascular
cerebral. Visto como herói da Segunda Guerra Mundial, tendo cumprido 94 missões
como piloto de combate da esquadrilha verde no 1° Grupo de Aviação de Caça
(GAvCa) e escrito um livro sobre a participação brasileira no conflito, Lima se
destacou também por fundar a Associação Democrática e Nacionalista dos
Militares (Adnam), reunindo militares contrários ao regime militar (1964-1985).
Por se opor a tomada de poder pelos militares, foi afastado de seu cargo, preso
três vezes, passou fome, foi torturado
psicologicamente e, por fim, aposentado compulsoriamente. Seu depoimento à
Comissão Nacional da Verdade motivou a criação de um grupo dedicado à militares
perseguidos durante o regime. O major-brigadeiro-do-ar foi homenageado em nota
de pesar pela Força Aérea Brasileira. Segundo a Folha, o filho de Lima, Pedro
Luiz Moreira, pretende escrever um livro sobre a trajetória de seu pai. Lima
deixou o estado do Maranhão, sua terra natal, para estudar na Escola Militar de
Realengo, na cidade do Rio de Janeiro, e realizar o sonho de ser piloto, mas
nunca se esqueceu das convicções de seu pai, que era contra os regimes
ditatoriais. Lima dizia que “as pessoas deveriam lutar por seus direitos”.
(Correio Braziliense – 14/08/13; Folha de S. Paulo – Poder – 14/08/13; Folha de
S. Paulo – Cotidiano – 15/08/13; O Estado de S. Paulo – Política – 14/08/13)
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