quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Comando brasileiro da MONUSCO nega apoio às Forças Armadas do Congo

Segundo o periódico Folha de S. Paulo, o general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz, que já comandou as tropas da Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (MINUSTAH, sigla em francês) e agora está à frente da Missão das Nações Unidas para Estabilização da República Democrática do Congo (MONUSCO) afirmou que, nesse momento, não apoiará as Forças Armadas do país no conflito contra o grupo rebelde M23. Santos Cruz, que há cerca de um mês assumiu o comando do maior contingente da Organização das Nações Unidas (ONU), com aproximadamente 19 mil homens, também é o primeiro comandante de forças de paz que possui permissão para operações de ataque. No dia 17/07/13, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que o apoio “logístico e de treinamento” dado ao Exército local seria revisto, pois as forças são alvos de diversas críticas, dentre elas, violações dos direitos humanos, abusos nos combates contra o M23, maus-tratos contra detidos, profanação de corpos dos oponentes, além de estupro. Segundo Santos Cruz, para que o Exército do Congo obtenha apoio da ONU, não podem haver denúncias desse tipo. Outro fator que impede o apoio da ONU às forças armadas do Congo é um “processo político aberto”, com o qual a ação militar deve estar coordenada. Para o general brasileiro, uma vez que o mandato autoriza ofensivas preventivas no que diz respeito a ações violentas contra a população, estará disposto a “proteger os civis com força total” desde que haja informação suficiente. (Folha de S. Paulo – Mundo – 22/07/13)

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