Segundo o periódico Folha de S. Paulo, o general brasileiro Carlos Alberto dos Santos
Cruz, que já comandou as tropas da Missão das Nações Unidas para Estabilização
do Haiti (MINUSTAH, sigla em francês) e agora está à frente da Missão das
Nações Unidas para Estabilização da República Democrática do Congo (MONUSCO)
afirmou que, nesse momento, não apoiará as Forças Armadas do país no conflito
contra o grupo rebelde M23. Santos Cruz, que há cerca de um mês assumiu o
comando do maior contingente da Organização das Nações Unidas (ONU), com
aproximadamente 19 mil homens, também é o primeiro comandante de forças de paz
que possui permissão para operações de ataque. No dia 17/07/13, o
secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que o apoio “logístico e de
treinamento” dado ao Exército local seria revisto, pois as forças são alvos de
diversas críticas, dentre elas, violações dos direitos humanos, abusos nos
combates contra o M23, maus-tratos contra detidos, profanação de corpos dos
oponentes, além de estupro. Segundo Santos Cruz, para que o Exército do Congo
obtenha apoio da ONU, não podem haver denúncias desse tipo. Outro fator que
impede o apoio da ONU às forças armadas do Congo é um “processo político
aberto”, com o qual a ação militar deve estar coordenada. Para o general
brasileiro, uma vez que o mandato autoriza ofensivas preventivas no que diz
respeito a ações violentas contra a população, estará disposto a “proteger os
civis com força total” desde que haja informação suficiente. (Folha de S. Paulo
– Mundo – 22/07/13)
Nenhum comentário:
Postar um comentário