segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Transferência tecnológica para a compra dos caças F-18 Super Hornet pode ser ampliada

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o pacote de transferência tecnológica a ser concedido junto à possível compra dos caças F-18 Super Hornet, da empresa Boeing, pelo projeto brasileiro de modernização da Força Aérea, FX-2, pode ser ampliado de acordo com o aprofundamento da cooperação e confiança entre os governos dos Estados Unidos da América (EUA) e do Brasil, bem como entre a Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) e a empresa estadunidense Boeing. De acordo com o vice-presidente do Programa Boeing F/A-18, Mike Gibbons, “o Brasil e os EUA precisam um do outro. Os EUA precisam do Brasil para estar seguros. Por isso, se o Brasil comprar os F-18 Super Hornet e se tornar um aliado do EUA, a parceria e a confiança mútuas vão se expandir e a transferência tecnológica será estendida para um potencial adicional”. De acordo com o Estado, a Boeing vem demonstrando, cada vez mais, o forte interesse em ampliar os negócios com o Brasil, como por exemplo, ao ter aberto um escritório na cidade de São Paulo, ao ter enviado a ex-embaixadora americana Donna Hrinak como sua representante, e ao ter fechado acordos com a Embraer para o aperfeiçoamento do caça modelo A-29 Super Tucano, e a venda do modelo cargueiro KC-390. Além disso, a empresa estadunidense fechou parceria com a empresa AEL Sistemas (subsidiária no Brasil da empresa israelense Elbit Systems) para fornecimento de novas telas do painel de controle de seus caças. Em contrapartida, o jornal avaliou que essa promessa de transferência tecnológica ampliada não se traduz na palavra “irrestrita”, que está presente na oferta da empresa francesa Dassault, outra concorrente do projeto brasileiro FX-2. O Estado destacou que, apesar das promessas de transferência tecnológica anunciadas inclusive pelo secretário da Defesa dos EUA, Leon Panetta, essa decisão cabe ao Senado estadunidense. Gibbons, por sua vez, acredita que o Senado não teria como recuar diante dessas propostas e afirmou que a Boeing já estaria preparada para iniciar a produção dos caças ainda esse ano, caso a compra se concretize. (O Estado de S. Paulo – Nacional – 14/07/12)

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