De acordo com o periódico Correio Braziliense, a presidenta da República Dilma Rousseff
mostrou irritação diante das negociações entre os representantes das carreiras
de Estado (aqueles que têm salários acima de R$10 mil) e o Ministério do
Planejamento sobre a questão dos reajustes salariais. Segundo Rousseff, é
inconcebível que esses funcionários, chamados por ela de “sangues azuis”, e que
já teriam sido beneficiados por reajustes no governo do ex-presidente da
República, Luiz Inácio Lula da Silva, não aceitem a proposta de 15,8% divididos
em 3 anos. Assim que, no mês de agosto, o governo já cortou o ponto de mais de
11 mil servidores em greve. No que diz respeito aos militares, Rousseff afirmou
que uma parcela do Orçamento de 2013 já estaria reservada para o reajuste da
categoria. Segundo a presidenta, os rendimentos das Forças Armadas, quando
comparados aos da elite dos servidores do Executivo, está abaixo do razoável. A
questão, que deve ser resolvida até o dia 31/08/12, consiste em determinar
somente se esses ganhos incidirão sobre os salários ou sobre as gratificações
dos militares. Entretanto, os servidores do Hospital das Forças Armadas (HFA),
que estão em greve há 53 dias, rejeitaram a proposta do Executivo. De acordo
com o representante do HFA no Sindicato dos Servidores Públicos Federais
(Sindsep), Humberto Oliveira, sua reivindicação consiste em cerca de 30% de
reajuste. No dia 23/08/12, o periódico Correio
Braziliense afirmou que o governo brasileiro, em conjunto com o ministro da
Defesa, Celso Amorim, estaria trabalhando para o término do projeto que prevê o
aumento do salário dos militares a partir de 2013. O jornal noticiou que as
informações do projeto devem ser divulgadas no dia 31/08/12, data em que a
proposta do Orçamento do ano de 2013 possivelmente será encaminhada para o
Congresso. O Correio destacou que a
data foi escolhida visando evitar a manifestação de civis que estão em greve,
“pois o aumento dos militares deverá ser mais vantajoso que os 15,8% oferecidos
aos demais servidores”. Foi destacado que, no ano de 2011, os comandos das três
forças “fizeram um estudo descrevendo a situação remuneratória da caserna e a
distorção em relação a outras carreiras do Executivo”, além de informar que os
ministérios do Planejamento e da Defesa estariam negociando o aumento de
salários desde o início de 2012. O periódico evidenciou que a maior remuneração
bruta atual dos membros das forças é a do “tenente brigadeiro-do-ar Francisco
Joseli Parente Camelo, com R$ 26.132,55, pouco abaixo do teto do funcionalismo
público, de R$ 26.723,13”, e afirmou que a remuneração bruta de cada comandante
das três Forças é de R$ 11,4 mil, sendo composta, “além do soldo, por
adicionais como tempo de serviço, cursos, local de atuação e habilitações”.
Segundo o Correio, alguns servidores
da Aeronáutica entraram em greve até que as novas informações de aumento dos
salários sejam divulgadas. Alguns dados divulgados pelo jornal são de que o
“soldo de um recruta é de R$ 492, abaixo do salário mínimo de R$ 622 (...) Um
sargento recebe R$ 2,3 mil, um segundo tenente, R$ 4,6 mil e um capitão de
aeronáutica R$ 8,5 mil”. (Correio Braziliense – 22/08/12; Correio Braziliense –
23/08/12)
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