quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Militares terão reajuste salarial e servidores do HFA rejeitam proposta

De acordo com o periódico Correio Braziliense, a presidenta da República Dilma Rousseff mostrou irritação diante das negociações entre os representantes das carreiras de Estado (aqueles que têm salários acima de R$10 mil) e o Ministério do Planejamento sobre a questão dos reajustes salariais. Segundo Rousseff, é inconcebível que esses funcionários, chamados por ela de “sangues azuis”, e que já teriam sido beneficiados por reajustes no governo do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, não aceitem a proposta de 15,8% divididos em 3 anos. Assim que, no mês de agosto, o governo já cortou o ponto de mais de 11 mil servidores em greve. No que diz respeito aos militares, Rousseff afirmou que uma parcela do Orçamento de 2013 já estaria reservada para o reajuste da categoria. Segundo a presidenta, os rendimentos das Forças Armadas, quando comparados aos da elite dos servidores do Executivo, está abaixo do razoável. A questão, que deve ser resolvida até o dia 31/08/12, consiste em determinar somente se esses ganhos incidirão sobre os salários ou sobre as gratificações dos militares. Entretanto, os servidores do Hospital das Forças Armadas (HFA), que estão em greve há 53 dias, rejeitaram a proposta do Executivo. De acordo com o representante do HFA no Sindicato dos Servidores Públicos Federais (Sindsep), Humberto Oliveira, sua reivindicação consiste em cerca de 30% de reajuste. No dia 23/08/12, o periódico Correio Braziliense afirmou que o governo brasileiro, em conjunto com o ministro da Defesa, Celso Amorim, estaria trabalhando para o término do projeto que prevê o aumento do salário dos militares a partir de 2013. O jornal noticiou que as informações do projeto devem ser divulgadas no dia 31/08/12, data em que a proposta do Orçamento do ano de 2013 possivelmente será encaminhada para o Congresso. O Correio destacou que a data foi escolhida visando evitar a manifestação de civis que estão em greve, “pois o aumento dos militares deverá ser mais vantajoso que os 15,8% oferecidos aos demais servidores”. Foi destacado que, no ano de 2011, os comandos das três forças “fizeram um estudo descrevendo a situação remuneratória da caserna e a distorção em relação a outras carreiras do Executivo”, além de informar que os ministérios do Planejamento e da Defesa estariam negociando o aumento de salários desde o início de 2012. O periódico evidenciou que a maior remuneração bruta atual dos membros das forças é a do “tenente brigadeiro-do-ar Francisco Joseli Parente Camelo, com R$ 26.132,55, pouco abaixo do teto do funcionalismo público, de R$ 26.723,13”, e afirmou que a remuneração bruta de cada comandante das três Forças é de R$ 11,4 mil, sendo composta, “além do soldo, por adicionais como tempo de serviço, cursos, local de atuação e habilitações”. Segundo o Correio, alguns servidores da Aeronáutica entraram em greve até que as novas informações de aumento dos salários sejam divulgadas. Alguns dados divulgados pelo jornal são de que o “soldo de um recruta é de R$ 492, abaixo do salário mínimo de R$ 622 (...) Um sargento recebe R$ 2,3 mil, um segundo tenente, R$ 4,6 mil e um capitão de aeronáutica R$ 8,5 mil”. (Correio Braziliense – 22/08/12; Correio Braziliense – 23/08/12)

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