De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, no dia 13/08/12, durante audiência pública da
Comissão da Verdade na seccional da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de
Janeiro, que reuniu parentes de presos políticos e mortos durante o regime
militar (1964-1985), o integrante da Comissão e ex-secretário nacional de
Direitos Humanos no governo Fernando Henrique Cardoso, Paulo Sérgio Pinheiro,
“afirmou que as torturas ocorridas no país de 1964 a 1985 foram ‘políticas de
Estado’”. Segundo Pinheiro, tal política fez com que os jovens que lutaram na
Guerrilha do Araguaia (1972-1974) fossem assassinados, completando que as ‘casas
de tortura’ operavam por ordem dos ministérios militares. Para o ex-secretário
de Direitos Humanos, o papel da Comissão está em comprovar que as ações de
agentes contra militantes foram políticas de Estado. Ainda durante a audiência,
José Maria Gagliassi, que foi torturado, pediu que a Comissão identificasse os
responsáveis pelas ações de tortura. O ministro do Superior Tribunal de Justiça
e presidente da Comissão, Gilson Dipp, afirmou que a Comissão tem o compromisso
de que os documentos existentes sobre o período se tornem públicos, além de
declarar que, mesmo não sabendo o que irá acontecer ao final dos trabalhos do
órgão, “o Brasil não será como antes". (Folha
de S. Paulo – Poder – 14/08/12)
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