segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Comissão da Verdade repudia protestos e críticas de militantes de direitos humanos

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, em audiência pública, após protestos emocionados contra o recurso ao sigilo em trabalhos da Comissão da Verdade e críticas à sua falta de capacidade legal para punição, os membros da Comissão repudiaram, no dia 13/08/12, o que denominaram "tom acusatório" dos militantes de direitos humanos. As críticas foram realizadas, por exemplo, pela integrante do Grupo Tortura Nunca Mais, Cecília Coimbra, que criticou a lei que instaurou a Comissão e a acusou de "manter a confidencialidade" de agentes da tortura. Para o membro da Comissão, Paulo Sérgio Pinheiro, é “cansativo” ouvir que a Comissão da Verdade está envolvida em uma “teoria conspiratória”, de produzir o esquecimento e acordar com o sigilo. De acordo com Pinheiro, a Comissão tem amplos poderes e não sofre com nenhuma “imposição de sigilo", como também não está submetida às limitações criadas pela Lei da Anistia ao sistema jurisdicional do Brasil. Para o ministro do Superior Tribunal de Justiça e integrante da Comissão, Gilson Dipp, as críticas são normais devido à “carga emocional” que envolve os acontecimentos apurados pelo grupo. Dipp e o advogado José Carlos Dias defendem a submissão de alguns procedimentos da Comissão ao sigilo, visto que, para Dias, algumas atividades têm as características de uma investigação policial, de forma que a publicidade prejudicará a descoberta da verdade. (O Estado de S. Paulo – Nacional – 14/08/12)

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