quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Escombros da Estação Comandante Ferraz podem causar contaminação na Antártida

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a demora na retirada dos escombros da Estação Comandante Ferraz, incendiada no início de 2012, na Antártida, aumentou o risco de vazamento de materiais tóxicos no solo. O incêndio, que aconteceu no dia 25/02/12, retratado no Informe Brasil No. 04/2012, deixou dois militares mortos e destruiu completamente a estação brasileira no continente. Segundo O Estado, houve, na ocasião, dois tipos de contaminação: a atmosférica, causada pela nuvem tóxica, e a do solo, ocasionada pelos destroços. Uma vez que o Brasil não pôde terminar de retirar os escombros antes do início do inverno, por volta do mês de abril, parte deles ainda permanece no local e está encoberta pela neve; no verão, com o degelo, pode haver vazamento de materiais altamente tóxicos. A Marinha informou, em nota, que isolou os escombros para evitar o contato com a neve e que prevê a retomada dos trabalhos de limpeza do local para novembro de 2012, ou seja, no início do verão no continente antártico. De acordo com o jornal, na noite do incidente acontecia uma festa na estação, chamada Baile da Terceira Idade, e o alarme de incêndio teria sido desligado para evitar que o mecanismo fosse acionado pelo gelo seco usado na pista de dança. O ministro da Defesa, Celso Amorim, evitou comentar o assunto, afirmando apenas que há investigação em curso e que não seria possível tirar conclusões precipitadas sobre as causas do incêndio. Sua assessoria, entretanto, destacou que Amorim estava ciente da realização desse baile e que apenas não sabia que o alarme de incêndio fora desligado. Ainda, segundo O Estado, os cientistas que perderam documentos pessoais e materiais de trabalho no incêndio assinaram um manifesto no qual afirmaram não ter recebido assistência do governo, que não emitiu sequer declarações atestando a perda de documentos de identificação e passaportes, nem as indenizações pelas perdas pessoais e profissionais que teriam sido prometidas oficialmente na época do ocorrido. Sobre as indenizações, a assessoria de Amorim destacou que o ministro nunca teria afirmado que haveria tal restituição e que foi feito um estudo para indenizar somente as famílias das duas vítimas fatais. (O Estado de S. Paulo – Vida – 21/07/12)

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