De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, membros do alto
escalão do governo da presidenta da República, Dilma Rousseff, utilizam
jatinhos da Força Aérea Brasileira (FAB) para viagens particulares ou que não
se encaixam nas prioridades oficiais, como o retorno para suas respectivas
residências nos finais de semana. A pedido do jornal, o professor Fernando
Martini Catalano, chefe do Departamento de Engenharia Aeronáutica da
Universidade de São Paulo, estimou que os 5,8 mil voos realizados nos dois anos
do governo Rousseff tiveram custo de R$ 44,8 milhões. O procurador do
Ministério Público no Tribunal de Contas da União (TCU) Marinus de Vries
Marsico disse que práticas desse tipo são despropositadas e que não lhe
custaria nada solicitar investigações sobre tal situação, pois consiste em
utilização da máquina pública para privilegiar determinado partido, e que
apesar de não ser um ato ilegal, consiste em ato contra o princípio da
moralidade. Segundo O Estado, o
Ministério Público no TCU irá pedir a abertura de uma auditoria sobre o caso.
Marsico pretende analisar os dados e propor medidas que visem coibir voos
relacionados a compromissos político-partidários os quais, no seu entender,
devem ser custeados pelos partidos políticos. De acordo com o jornal, o
procurador irá oficiar ao TCU a fiscalização, em relação às movimentações dos
jatos, no processo que apura a regularidade das contas do Comando da
Aeronáutica, a fim de avaliar o tipo de controle que a FAB possui sobre tais
despesas. Em nota oficial publicada no dia 15/04/13, a FAB informou que o
julgamento da finalidade da solicitação de voos não é de sua responsabilidade.
Para o procurador, a hipótese de que há uma inversão da lógica das prioridades
– se o uso da frota da FAB para fins particulares se tornou regra – deve ser
apurada. (O Estado de S. Paulo – Nacional – 15/04/13; O Estado de S. Paulo –
Nacional – 16/04/13)
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