Segundo o jornal Folha
de S. Paulo, o ex-exilado político Luiz Rodolfo Viveiros de Castro
afirmou que não acredita que houve um delator no caso da prisão do ex-deputado
Rubens Paiva, em 1971. Nesta hipótese, Rubens Paiva teria sido localizado por
agentes do regime militar (1964-1985) após a mãe e a cunhada de Castro, Cecília
e Marilene, serem presas com uma carta que seria entregue ao então deputado. As
duas retornavam de uma viagem ao Chile, onde tinham ido visitar Castro, ali
exilado, e foram levadas por agentes da Aeronáutica do aeroporto do Rio de
Janeiro por estarem carregando cartas de exilados no Chile endereçadas a suas
famílias no Brasil. Segundo Castro, “era comum exilados pedirem a parentes para
levar e trazer cartas de outros brasileiros”. Quando interrogadas, Cecília e
Marilene teriam fornecido o número de telefone pelo qual contatariam Paiva, o
que permitiu sua localização pelos militares. Entretanto, para Castro,
independentemente da existência de um delator, era possível que os militares
soubessem da visita de sua mãe e cunhada pela lista de passageiros, pois elas
eram as únicas parentes de exilados que estavam no primeiro voo de Santiago
para o Rio de Janeiro logo após a chegada de 70 exilados na capital chilena. (Folha de S. Paulo –
Poder – 25/03/13)
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