terça-feira, 2 de abril de 2013

Ex-exilado acredita que Rubens Paiva não foi delatado


Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o ex-exilado político Luiz Rodolfo Viveiros de Castro afirmou que não acredita que houve um delator no caso da prisão do ex-deputado Rubens Paiva, em 1971. Nesta hipótese, Rubens Paiva teria sido localizado por agentes do regime militar (1964-1985) após a mãe e a cunhada de Castro, Cecília e Marilene, serem presas com uma carta que seria entregue ao então deputado. As duas retornavam de uma viagem ao Chile, onde tinham ido visitar Castro, ali exilado, e foram levadas por agentes da Aeronáutica do aeroporto do Rio de Janeiro por estarem carregando cartas de exilados no Chile endereçadas a suas famílias no Brasil. Segundo Castro, “era comum exilados pedirem a parentes para levar e trazer cartas de outros brasileiros”. Quando interrogadas, Cecília e Marilene teriam fornecido o número de telefone pelo qual contatariam Paiva, o que permitiu sua localização pelos militares. Entretanto, para Castro, independentemente da existência de um delator, era possível que os militares soubessem da visita de sua mãe e cunhada pela lista de passageiros, pois elas eram as únicas parentes de exilados que estavam no primeiro voo de Santiago para o Rio de Janeiro logo após a chegada de 70 exilados na capital chilena.  (Folha de S. Paulo – Poder – 25/03/13)

Nenhum comentário:

Postar um comentário