Segundo o periódico Folha de S. Paulo, a integrante da
Comissão Nacional da Verdade (CNV), Rosa Cardoso, informou no dia 15/04/13
sobre a possibilidade da prorrogação dos trabalhos da CNV por seis meses após a
data inicialmente prevista para o encerramento, que seria dois anos após sua
instituição, ocorrida em 16/05/12. De acordo com Cardoso, as comissões
estaduais da verdade pediram mais tempo para apresentar os resultados das
investigações, as quais a CNV precisaria analisar posteriormente. Segundo a Folha, o pedido de prorrogação deve
ocorrer durante a reunião da CNV com a presidenta da República, Dilma Rousseff,
que será feita para discutir o balanço do primeiro ano de trabalho da Comissão,
com data ainda indefinida. Cardoso afirmou que no mês de maio será feita a
divulgação parcial dos resultados, apesar da maioria dos integrantes da CNV
defender a apresentação dos resultados somente no relatório final. O intuito da
divulgação parcial seria atualizar o número de mortos e desaparecidos durante o
regime militar (1964-1985). Por sua vez, José Paulo Cavalcanti, membro da CNV,
declarou à Folha a necessidade de se
ter “enorme cautela” na redação do relatório final da Comissão que será
entregue no mês de maio de 2014, especialmente no que se refere à citação dos
nomes de pessoas envolvidas em mortes, desaparecimentos e torturas ocorridas durante
o regime militar. Segundo Cavalcanti, existem questões, como a identificação
das pessoas, que deverão ser discutidas com calma; e destacou que “quando houver nome para além de qualquer
suspeita, tudo bem. Agora, nome por funções, é preciso ter cuidado". De
acordo com a Folha, alguns
especialistas consideram que a maior contribuição que a CNV pode fornecer à
narrativa do período do regime é a identificação dos responsáveis pelos atos
investigados, considerando que já é conhecida boa parte das circunstâncias dos
delitos ocorridos. (Folha de S. Paulo – Poder – 16/04/13)
Nenhum comentário:
Postar um comentário