Conforme
publicado no periódico O Estado de S.
Paulo, oficiais da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) afirmaram
haver uma “militarização” da Agência, que está sob o comando do
general-de-exército José Elito Carvalho Siqueira. Essa afirmação se deve à
característica e à prioridade atribuída a uma ação da Abin, mobilizada pelo
Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI/PR),
revelada após a divulgação de um documento sigiloso no qual o órgão tinha como
objetivo monitorar agentes portuários e sindicatos que se opuseram à Medida
Provisória 595, comumente chamada de MP dos Portos. Em tal medida, o governo
permite a concessão dos portos brasileiros à iniciativa privada. Segundo os
agentes, tal fato constitui um “sintoma” dessa “militarização”. Além disso,
grande parte das superintendências da Agência é atualmente chefiada por R-2 –
jargão interno utilizado pelos oficiais de inteligência para designar militares
que exerceram funções nos serviços de informação das Forças Armadas antes de
serem incorporados à Abin – o que daria prioridade a uma “pauta ideológica”,
devido ao acompanhamento prioritário de movimentos sociais e sindicais. No dia
11/04/13, O Estado destacou que o
ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho,
afirmou que o monitoramento dos trabalhadores portuários foi motivado por
razões econômicas e não políticas, e que não é correto considerar o governo
como uma ditadura que desfavorece movimentos sindicais. O periódico ainda
afirmou que Siqueira deverá comparecer à Comissão de Controle das Atividades de
Inteligência do Congresso Nacional para prestar esclarecimentos sobre os
monitoramentos da Abin. (O Estado de S. Paulo – Nacional – 09/04/13; O Estado
de S. Paulo – Nacional – 11/04/13)
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