terça-feira, 23 de abril de 2013

Agentes de Inteligência apontam “militarização” da ABIN

Conforme publicado no periódico O Estado de S. Paulo, oficiais da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) afirmaram haver uma “militarização” da Agência, que está sob o comando do general-de-exército José Elito Carvalho Siqueira. Essa afirmação se deve à característica e à prioridade atribuída a uma ação da Abin, mobilizada pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI/PR), revelada após a divulgação de um documento sigiloso no qual o órgão tinha como objetivo monitorar agentes portuários e sindicatos que se opuseram à Medida Provisória 595, comumente chamada de MP dos Portos. Em tal medida, o governo permite a concessão dos portos brasileiros à iniciativa privada. Segundo os agentes, tal fato constitui um “sintoma” dessa “militarização”. Além disso, grande parte das superintendências da Agência é atualmente chefiada por R-2 – jargão interno utilizado pelos oficiais de inteligência para designar militares que exerceram funções nos serviços de informação das Forças Armadas antes de serem incorporados à Abin – o que daria prioridade a uma “pauta ideológica”, devido ao acompanhamento prioritário de movimentos sociais e sindicais. No dia 11/04/13, O Estado destacou que o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, afirmou que o monitoramento dos trabalhadores portuários foi motivado por razões econômicas e não políticas, e que não é correto considerar o governo como uma ditadura que desfavorece movimentos sindicais. O periódico ainda afirmou que Siqueira deverá comparecer à Comissão de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso Nacional para prestar esclarecimentos sobre os monitoramentos da Abin. (O Estado de S. Paulo – Nacional – 09/04/13; O Estado de S. Paulo – Nacional – 11/04/13)

Nenhum comentário:

Postar um comentário