terça-feira, 23 de abril de 2013

Coluna destaca críticas aos trabalhos da Comissão Nacional da Verdade


Segundo a colunista Tereza Cruvinel, do jornal Correio Braziliense, os trabalhos da Comissão Nacional da Verdade (CNV) tem produzido tímidos resultados, gerando insatisfação até mesmo por parte da presidenta da República, Dilma Rousseff. Entretanto, para a colunista, as justificativas para tal ocorrência encontram-se nas escolhas feitas pela própria presidenta, entre elas destaca-se a falta de hierarquia no colegiado, diferentemente das comissões da verdade em outros países latino-americanos, que contavam com presidente e relator. Além disso, Crunivel apontou que os integrantes da CNV se queixam das constantes ausências de alguns de seus sete membros, como o advogado José Paulo Cavalcante Filho e o ministro do Superior Tribunal de Justiça, Gilson Dipp, por problemas de saúde. Cruvinel comentou que Rousseff, alegando pluralidade e imparcialidade no momento da composição do colegiado, deixou de incluir “representantes das famílias e das entidades que lutam pela verdade, dos advogados que tiveram coragem de defender as vítimas e dos outros poderes, que poderiam estar dando sua contribuição”. Com relação à transparência e divulgação dos trabalhos, a colunista apontou que Rousseff gostaria que a CNV “estivesse contribuindo de forma mais efetiva para o envolvimento da sociedade com este resgate da História”, almejando que os depoimentos fossem abertos, com um maior número de sessões públicas e que mais documentos estivessem à disposição da população. Cruvinel ainda ressaltou que os clubes militares consideram a Comissão uma afronta “criada por lei para inventariar os crimes e as violações ocorridas durante a ditadura, embora não tenha qualquer poder jurídico para denunciar ou punir”. Além disso, a colunista informou que por ordem de Rousseff e do ministro da Defesa, Celso Amorim, pela primeira vez foi proibida a divulgação da Ordem do Dia em 31/03/13, evitando qualquer tipo de comemoração do aniversário do golpe de 1964. (Correio Braziliense – 31/03/13; Correio Braziliense – 02/04/13)

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