De acordo com o periódico Correio Braziliense, o secretário de Defesa dos Estados Unidos da
América (EUA), Leon Panetta, deu início, no dia 23/04/12, a sua visita à
América Latina, que incluiu Colômbia, Brasil e Chile. De acordo com o porta-voz do Pentágono, George Little, a viagem de
Panetta objetivava “expandir a cooperação em defesa e segurança com três
importantes países do mundo”. O
ministro da Defesa do Brasil, Celso Amorim, juntamente com a presidente da
República, Dilma Rousseff, se encontraram no dia 24/04/12 com Panetta em
Brasília, no Distrito Federal. A reunião foi um desdobramento do Diálogo de
Cooperação em Defesa (DCD) firmado entre o presidente dos EUA, Barack Obama, e
Rousseff, durante visita oficial da presidente à Washington, em abril de 2012. Dentre
os assuntos tratados nas reuniões, foi discutida a anulação da licitação
referente à compra dos aviões Super Tucano da Empresa Brasileira de Aeronáutica
(Embraer) pelos EUA, estimada em US$ 380 milhões. Ainda de acordo com o Correio,
Amorim afirmou que o Brasil almeja que não existam
barreiras à aquisição de bens de característica tecnológica entre os dois
países, principalmente no que se refere à possível compra do caça modelo F-18
Super Hornet da empresa estadunidense Boeing, que é uma das opções de aquisição
do programa FX-2 da Força Aérea Brasileira (FAB). Amorim ressaltou que “se
os EUA têm interesse em aprofundar as relações com o Brasil, elas não podem ser
só de compra e de venda”, devendo também englobar o
compartilhamento de informações e a transferência de tecnologia. Panetta disse
reconhecer a importância da transferência tecnológica e que fará “tudo
o que puder para facilitar essa transferência ao Brasil”,
mas alegou que tais questões muitas vezes vão de encontro à legislação dos EUA.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo,
o ministro Amorim afirmou que a criação de um diálogo em nível ministerial pode
amparar a resolução, no futuro, de questões importantes, como a reativação da
Quarta Frota, divisão da Marinha dos EUA responsável por operações no Atlântico
Sul, anunciada em 2008 e também o uso de bases colombianas pelos EUA, que
obteve destaque em 2009. Além disso, o ministro assegurou não ter sido
informado a respeito da possível preocupação dos países sul-americanos sobre a
aproximação do Brasil com os EUA, no que tange à área de Defesa. Ainda no
encontro, de acordo com o Correio, os
EUA informaram a intenção de debater sobre a segurança dos eventos como a Copa
do Mundo de 2014 e as Olimpíadas, em 2016, ressaltando o receio estadunidense sobre
a possibilidade de ataques terroristas. (Correio Braziliense – Mundo – 21/04/12; Correio Braziliense – Política – 22/04/12; Correio
Braziliense – Mundo – 24/04/12; Correio Braziliense – Mundo – 25/04/12; Folha de S. Paulo – Mundo – 23/04/12)
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