terça-feira, 15 de maio de 2012

Grupos da sociedade planejavam manifestações para cobrar início do funcionamento da Comissão da Verdade

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o movimento denominado “Levante Popular” planejava realizar protestos até que a presidente da República, Dilma Rousseff, colocasse em funcionamento a Comissão da Verdade, criada em novembro de 2011. O movimento tinha programado para a semana do dia 13/05/12 uma série de manifestações contra pessoas que participaram de violações dos direitos humanos no período do regime militar (1964-1985). Segundo o Estado, as atuações do “Levante Popular” seriam realizadas “diante da residência ou local de trabalho de agentes de Estado que teriam participado de atos de sequestro, tortura e ocultação de cadáveres de prisioneiros políticos”. Conforme afirmação do porta-voz do movimento, Edson Rocha Junior, os protestos cessariam quando Rousseff instalasse a Comissão da Verdade. Segundo a Folha de S. Paulo, no dia 10/05/12, uma manifestação organizada pelo “Comitê Carlos Ré” encenou atos de tortura durante protesto realizado na cidade de Porto Alegre, estado do Rio Grande do Sul. Eles cobravam a efetiva instalação da Comissão da Verdade e a punição dos responsáveis por atos de tortura e desaparecimento de pessoas. O evento contou com a participação de vereadores do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e com o ex-governador do estado e membro do Partido dos Trabalhadores (PT), Olívio Dutra. De acordo com Christine Rondon, integrante do grupo “Levante Popular da Juventude” de Porto Alegre, eles têm como meta localizar as áreas onde houve tortura para chamar a atenção para a causa. O Estado ainda expôs o fato de os militares, sobretudo do Exército, estarem preocupados com a falta de representação de suas opiniões, e estarem inconformados com o fato de a Comissão ter por objetivo "reescrever a história". (Folha de S. Paulo – Poder- 11/05/12; O Estado de S. Paulo – Nacional – 09/05/12)

Nenhum comentário:

Postar um comentário