quinta-feira, 24 de maio de 2012

Integrantes da Comissão da Verdade tomam posse

ANDRE DUSEK/AE. Posse. Ao lado dos ex-presidentes Lula, Sarney, FHC e Collor. Dilma Rousseff empossou os sete membros da comissão. O Estado de S. Paulo. A4. São Paulo, 17 maio 2012.
Sérgio Lima/Folhapress. A presidente Dilma Rousseff se emociona ao discursar durante a cerimônia de instalação da Comissão da Verdade, no Palácio do Planalto. Folha de S. Paulo. São Paulo. 17  maio 2012.
De acordo com os jornais Correio Braziliense, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, a cerimônia que marcou a posse dos integrantes da Comissão da Verdade ocorreu no dia 16/05/12, no Palácio do Planalto em Brasília. Os jornais destacaram a participação na cerimônia de todos os ex-presidentes da República do período democrático: Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso, Fernando Collor Mello e José Sarney, além de homenagens póstumas a Itamar Franco e Tancredo Neves que, segundo Rousseff, soube conduzir com paciência e obstinação a transição do autoritarismo para a democracia. Todos os ex-presidentes exaltaram a criação e função da Comissão. A presidente destacou em seu discurso que a Comissão da Verdade é uma iniciativa de Estado, não de governo. Emocionada, afirmou que reconhece e valoriza “pactos políticos que nos levaram à redemocratização", em alusão à Lei da Anistia (1979)  e insistiu no fato de que para a instauração da Comissão “não nos movem o revanchismo, o ódio ou o desejo de reescrever a história de uma forma diferente do que aconteceu, mas nos move a necessidade imperiosa de conhecê-la em sua plenitude, sem ocultamentos, sem camuflagens, sem vetos e sem proibições”  e que “merecem a verdade factual aqueles que perderam amigos e parentes e que continuam sofrendo como se eles morressem de novo e sempre a cada dia”. Sobre os membros integrantes da comissão, Rousseff alegou que todos são "sensatos, ponderados e preocupados com a justiça e o equilíbrio" e que os brasileiros reconhecerão no grupo formado, membros que “se notabilizaram pelo espírito democrático e pela rejeição a confrontos inúteis ou gestos de revanchismo”.  O jornal O Estado destacou que o discurso da presidente serviu para dar um norte moral e político aos integrantes da Comissão, para que através dos serviços prestados levem o país rumo ao amadurecimento do Estado Democrático de Direito. Entretanto, o jornal destacou o fato da presidente não ter se privado de utilizar termos como “ditadura”, “tirania”, “violência” e “truculência ilegal do Estado” ao caracterizar o período militar. (Correio Braziliense – Política – 17/05/12; Folha de S. Paulo – Poder – 17/05/12; O Estado de S. Paulo – Nacional – 17/05/12; O Estado de S. Paulo – Notas & Informações – 18/05/12)

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