Anibal Philot/ Agência O Globo - 30/04/1981. Puma em que estava os militares atingidos pela bomba; plano era provocar terror e culpar opositores da ditadura. Correio Braziliense, Brasília, 30 abril 2014
De
acordo com os jornais Correio Braziliense e Folha de S. Paulo, e O Estado de S.
Paulo foi apresentado no dia 29/04/14 um relatório preliminar da Comissão
Nacional da Verdade (CNV) sobre o atentado do Riocentro, ocorrido em
30/04/1981, o qual aponta que o objetivo do atentado era causar pânico e mortes
na população civil presente em um show de música popular brasileira organizado
em comemoração ao Dia do Trabalhador. O então capitão Wilson Machado e o ex-sargento
Guilherme Pereira do Rosário eram os executores da ação; no entanto, um dos
artefatos explodiu no interior do veículo de Machado, deixando-o gravemente
ferido e provocando a morte de Rosário. O relatório da CNV, segundo a Folha, é
baseado em documentos apreendidos na casa do coronel Júlio Miguel Molinas Dias,
ex-chefe do Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de
Defesa Interna (DOI-Codi) do 1º Exército. Segundo o documento, o atentado foi
fruto de um detalhado e planejado trabalho de equipe, envolvendo militares
ligados ao 1º Exército e ao Serviço Nacional de Informações. A Folha informou
que a CNV fez uma homenagem ao almirante Júlio de Sá Bierrenbach que votou
contra o arquivamento do caso no Sistema Tribunal Militar há 33 anos atrás,
mesmo sofrendo pressão do regime militar (1964-1985). (Correio Braziliense –
Política – 29/04/14; Correio Braziliense – Política – 30/04/14; Folha de S.
Paulo – Poder – 29/04/14; Folha de S. Paulo – Poder – 30/04/14; O Estado de S.
Paulo – Política – 30/04/14)
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