De
acordo com Correio Braziliense, Cristina Malhães, viúva do coronel Paulo
Malhães, relatou ao jornal “O Dia” que o marido, antes de falecer, afirmou ter
mentido no último depoimento a Comissão Nacional da Verdade (CNV), a respeito
do desaparecimento do corpo do ex-deputado federal Rubens Paiva. Segundo a
viúva, Malhães confirmou ter jogado o corpo de Paiva no rio, depois deste ter
sido morto sob tortura no Destacamento de Operações de Informações - Centro de
Operação de Defesa Interna (DOI-Codi) em 1971. Em declaração para a Comissão
Estadual da Verdade do Rio de Janeiro, o coronel confirmou sua participação na
operação que desapareceu com o corpo do ex-deputado, mas, posteriormente, mudou
sua versão à CNV, na qual negou a existência da operação. Entretanto, o coronel
confessou sua participação na equipe responsável por torturar, matar e ocultar
cadáveres das vítimas do regime militar (1964-1985). Para que os mortos não
fossem identificados os torturadores arrancavam-lhes os dedos e a arcada
dentária, em seguida lançavam os corpos em um rio da Região Serrana, próximo à
Casa da Morte, na cidade de Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro. (Correio
Braziliense - Política - 07/05/14)
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