Segundo os periódicos Folha de S. Paulo e O
Estado de S. Paulo, familiares de vítimas do regime militar (1964-1985) pediram
uma audiência com a presidenta da República, Dilma Rousseff, para reivindicar
uma reestruturação na Comissão Nacional da Verdade (CNV). Segundo os familiares
das vítimas, faltam transparência e diálogo no trabalho da CNV. Ivan Seixas,
filho de uma vítima do regime militar e ex-preso político, afirmou que os
familiares deveriam ser ouvidos, pois são eles que “apuraram até hoje esses
crimes, que conhecem a estrutura da repressão”.
A coordenadora da CNV, Rosa Maria Cardoso, e o membro da CNV, José Carlos
Dias foram os ouvintes das reclamações e prometeram providenciar uma solução
para as falhas encontradas. De acordo com O Estado, as críticas dos familiares
e das vítimas abrangem “desde a da falta de foco e de transparência nas
investigações à existência de disputas internas entre os integrantes do grupo”.
Uma das representantes dos familiares argumentou que tal grupo não é consultado
e nem possui o conhecimento das atividades da CNV, a qual acusou de cometer
erros históricos graves, como a alegação de que o Centro de Informações da
Marinha (Cenimar) havia ocultado dados sobre as mortes durante o regime militar
(1964-1985). Segundo os familiares, a Marinha já havia cedido documentos como o
relatório completo sobre as 40 mortes ocorridas no Araguaia, região do estado
do Tocantins. O Estado informou que, informalmente, os familiares divulgaram
que pedirão o afastamento do jurista José Paulo Cavalcanti Filho, criticado por
suas ausências. O jornal ainda destacou que existem divergências entre os
membros, além da falta de consenso sobre os pontos que serão abordados no
relatório final. (Folha de S. Paulo – Poder- 25/06/13; O Estado de S. Paulo –
Política – 25/06/13)
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