sexta-feira, 26 de julho de 2013

Defesa cibernética I: O baixo investimento brasileiro

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o governo brasileiro gastou somente R$ 8 milhões em defesa cibernética no ano de 2013, cerca 8,9% dos R$ 90 milhões destinados a essa área no ano. De acordo com o periódico, boa parte desses recursos utilizados não foi destinada a iniciativas com “relação direta com segurança de redes de informações estratégicas”. Quase metade destinou-se à compra de jipes militares e cabines para a instalação de estações de comunicação, recurso que permite a transmissão de imagens e acesso a internet mesmo em locais remotos, o que, de acordo com o jornal, não possui relação direta com a prevenção de ataques cibernéticos ou espionagem de fluxo de dados. Outros gastos incluem a compra de equipamentos e acessórios para a segurança do prédio do Centro de Inteligência do Exército, em Brasília. O estimulo à capacitação de profissionais, que é uma das funções do Sistema de Defesa Cibernética, também foi considerado pequeno. Segundo a Folha, o Comando do Exército afirmou, em nota, que os jipes e cabines são unidades móveis de comunicação que “atuarão em rede”, o que é previsto no propósito da estratégica cibernética. Em relação a capacitação de profissionais da área, o Exército declarou que tem investido em cursos e outros eventos, no Brasil e no exterior, “ao longo dos últimos anos, e não somente em 2013”. De acordo com a Folha, o gasto previsto na área de defesa cibernética pelo governo brasileiro até 2035 é de R$ 840 milhões, o que representa menos de 0,5% dos R$ 208 bilhões destinados aos gastos considerados prioritários pelo Exército no período, de acordo com o Livro Branco de Defesa Nacional. O Ministério da Defesa declarou que os valores que constam no Livro Branco são apenas “projeções” e o gasto real poderá ser maior. Segundo o periódico, entre os projetos previstos com esse orçamento está a implantação da “estrutura de planejamento e execução da segurança cibernética", da "estrutura de pesquisa científica" e “a criação de uma Escola Nacional de Defesa Cibernética e o desenvolvimento do chamado rádio definido por software”. (Folha de S. Paulo – Mundo – 14/07/13)

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