Em
coluna opinativa para a Folha de S. Paulo, Carlos Heitor Cony relembrou
episódios envolvendo interferências do governo estadunidense na política
brasileira. O primeiro foi o monitoramento, pelo serviço de inteligência dos
Estados Unidos (EUA), de conversas entre o ex-presidente da República Juscelino
Kubitschek e o general e ex-ministro da Guerra, Jair Dantas Ribeiro, nas
vésperas do golpe que deu origem ao regime militar brasileiro (1964-1985).
Outro grande momento lembrado pelo colunista se deu em 1954, quando a Agência
Central de Inteligência norte-americana (em inglês, CIA) rastreou, na cidade do
Rio de Janeiro, qualquer indício que pudesse ser usado para a retirada do
presidente da República, Getúlio Vargas, do poder. Para evitar isso, oficiais
da Aeronáutica blindaram a sede do governo com equipamentos tecnológicos de
primeira linha. O Correio Braziliense, por sua vez, relembrou a escuta
clandestina encontrada no gabinete de trabalho do então presidente da República
(1979-1985), general João Figueiredo. Na época, o presidente havia sido aconselhado
por assessores a trocar a decoração de seu gabinete; foi ao fim dessa obra que
uma minuciosa varredura localizou uma escuta clandestina, apesar do rigor e
vigilância do regime militar no poder. (Correio Braziliense – 13/07/13; Folha
de S. Paulo – Opinião – 16/07/13)
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