quarta-feira, 17 de julho de 2013

Coordenadora da Comissão Nacional da Verdade fez declarações sobre perícia dos restos mortais de João Goulart e jornalista relembra sua morte

De acordo com o periódico Correio Braziliense, a coordenadora da Comissão Nacional da Verdade (CNV), Rosa Cardoso, declarou que a perícia dos restos mortais do ex-presidente da República, João Goulart, popularmente conhecido como Jango, que será realizada até o final do ano de 2013, apesar de não ser conclusiva, deve ser vista “como um capítulo, dentro dessa questão mais ampla, que é a própria investigação das condições da morte do ex-presidente”. Rosa afirmou ainda que “a exumação tem que ser feita, é uma prova necessária. Mas vamos prosseguir na investigação de caráter histórico”. Ademais, segundo o Correio, a CNV reiterou o pedido de documentos guardados pelos Estados Unidos, que podem auxiliar na investigação sobre a morte de Jango. Em depoimento para o jornal Folha de S. Paulo, o jornalista Jason Tércio relembrou a morte do ex-presidente da República João Goulart, conhecido como Jango. Na época, Tércio trabalhava como repórter na sucursal do semanário “Movimento”, que teve a matéria de capa a respeito da morte do ex-presidente censurada pelo regime militar (1964-1985). Encarregado de negociar com o censor, Tércio entrou em contato com o então delegado da Polícia Federal Hélio Romão, que autorizou o uso de uma foto exclamando "Mas na capa, não! Jango na capa, não!". Segundo o jornalista, o episódio deixou evidente que, mesmo depois de morto, o ex-presidente era odiado e temido pelo regime militar. Tércio afirmou ainda que o fantasma de Jango continua a rondar a consciência nacional, se referindo à exumação de seus restos mortais e o documentário “Dossiê Jango”, de Paulo Henrique Fontenelle. (Correio Braziliense – 10/07/13; Folha de S. Paulo – Ilustríssima – 07/07/13)

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