Conforme noticiado pelo jornal Correio Braziliense, a partir do
mês de março, 15 militares da Marinha serão enviados à Antártida com a missão
de preservar o que sobrou da antiga Estação Comandante Ferraz, destruída em um
incêndio em fevereiro de 2012, até que ela seja definitivamente reconstruída em
2015, segundo as previsões. Uma base provisória formada por 39 caixas de metal
flexível agrupadas, chamadas de Módulos Antárticos Emergenciais (MAE), deve ser
concluída para que as pesquisas lá desenvolvidas não sejam interrompidas.
Segundo o jornal, pesquisadores e militares envolvidos na reconstrução da
Estação chegam à Antártida por meio de aviões C-130 Hércules da Força Aérea
Brasileira (FAB) que fazem o trajeto de 1,2 mil quilômetros a partir da base
chilena Eduardo Frei. Desde o acidente, o Brasil manteve sua presença na região
graças a militares da Marinha que permanecem em dois navios estacionados a 500
metros da Baía do Almirantado. Segundo o Correio, os navios Ary Rangel e
Almirante Maximiliano dispõem da mais moderna tecnologia de navegação e são
considerados minicidades flutuantes que servem de hospedaria, armazém, estação
e laboratório, garantindo o transporte de pesquisadores e militares até o
continente antártico e ajudando-os a superar as condições climáticas adversas
da região e icebergs. De acordo com o jornal, os pesquisadores e militares se
locomovem também pela península Keller, onde se localiza a ilha de George,
local da antiga Estação Comandante Ferraz, por meio de motos para neve,
quadriciclos ou a pé. No dia 21/02/2013, o Correio afirmou que o comandante da
Marinha, Júlio Moura Neto, inaugurou, dia 20/02/2013, novos serviços de
telecomunicação da Estação. O periódico ainda afirmou que a concentração de
água doce e a grande quantidade de minerais no continente são bons argumentos
para a permanência do Programa Antártico Brasileiro (Proantar). O Correio
relembrou que a Estação começou a operar em 6 de fevereiro de 1984, tendo seu
nome homenageado Luís Antônio de Carvalho Ferraz, comandante da Marinha,
hidrógrafo e oceanógrafo que desempenhou importante papel ao ser grande
incentivador do Proantar. O projeto permite o desenvolvimento de pesquisas
sobre mudanças ambientais globais e suas consequências para as Américas,
inclusive para a Amazônia. (Correio Braziliense – Ciência – 17/02/13; Correio
Braziliense – 18/02/2013; Correio Braziliense – 21/02/2013)
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