Segundo o jornal Correio Braziliense, a Comissão Nacional
da Verdade (CNV) entregará até o final do mês de julho de 2013 o resultado, ainda
que parcial, das investigações sobre a morte do ex-presidente da República
Juscelino Kubitschek e de seu motorista, Geraldo Ribeiro, a pedido da Ordem dos
Advogados do Brasil, secção do estado de Minas Gerais (OAB/MG). O ex-presidente
e seu motorista morreram no dia 22/08/76, em um acidente na Via Dutra, quando o
carro Opala que os transportava colidiu frontalmente com uma carreta após
triscar em um ônibus de viagem. A OAB/MG, após estudar profundamente o
Inquérito Policial e o laudo de exumação do corpo de Ribeiro, concluiu que o
acidente foi um atentado político praticado pelo regime militar (1964-1985),
como parte da Operação Condor – aliança político-militar dos países da América
do Sul, cujo objetivo era executar os opositores aos regimes militares. Se as
apurações feitas pela CNV demonstrarem que o acidente foi provocado, esta
poderá requerer ao Ministério Público a reabertura do processo. A tese
defendida pela OAB/MG é a de que Ribeiro tenha sido “atingido na cabeça por um
projétil denominado batente, de fabricação e uso exclusivo das Forças Armadas,
muito utilizado à época pelo Exército brasileiro”. Esta tese já havia surgido
em 29/03/99, em uma entrevista feita pela revista Época com o perito criminal
aposentado, Alberto Carlos Minas, que alegou ter visto um buraco decorrente de
projétil de arma de fogo no crânio do motorista, durante a análise do corpo
exumado. Porém, o laudo de exumação informou que o crânio havia se “esfacelado
durante o manuseio”, o que é contestado pela OAB/MG, bem como a inexistência de
projéteis de aço no período, como também consta do laudo de exumação. Além
disso, duas semanas antes do acidente já havia boatos prenunciando a morte de
Kubitschek. (Correio Braziliense – 15/02/13)
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