terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Fonteles defende a revisão do período do regime militar nos livros didáticos de história


De acordo com o periódico O Estado de S. Paulo, o ex-procurador Geral da República e integrante da Comissão Nacional da Verdade (CNV), Cláudio Fonteles, declarou ser necessário revisar a história do Brasil, no período do regime militar (1964-1985), nos livros didáticos usados em todas as escolas militares e civis do país. Segundo Fonteles, deve-se dizer que durante aquele período houve uma ruptura do processo democrático, um golpe. “Temos uma Constituição para ser vivida e cumprida”, afirmou Fonteles. O presidente do Clube Naval, almirante Veiga Cabral, criticou tais declarações, afirmando que se a revisão ocorrer, a CNV levará "distorções em relação à história do Brasil aos colégios". Asseverou ainda que a CNV trabalha de forma parcial pelo fato de os militares não serem ouvidos: “Quando se quer reconstituir de fato, a verdade, é preciso ouvir os dois lados”, declarou o almirante, que também criticou o fato dos trabalhos da CNV focarem apenas os fatos ocorridos durante o regime militar, em detrimento da lei, que prevê a análise do período entre 1946 e 1988. O jornal também publicou a opinião do almirante da reserva a respeito da declaração de Fonteles com relação à apuração da morte de Rubens Paiva, quando afirmou que a pessoa “convocada” que não quiser depor, responderá pelo crime de desobediência e se não quiser ir, poderá ser conduzida coercitivamente até lá “não com violência, mas alguém a pegar pelo braço e a levar lá”. Para o almirante, "esta é uma forma brutal de agir porque estamos em um estado democrático de direito e, neste caso, estão tratando de um assunto já julgado pelo Supremo Tribunal Federal". (O Estado de S. Paulo - Nacional – 18/02/13)

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