De acordo com o
periódico O Estado de S. Paulo, o
ex-procurador Geral da República e integrante da Comissão Nacional da Verdade
(CNV), Cláudio Fonteles, declarou ser necessário revisar a história do Brasil,
no período do regime militar (1964-1985), nos livros didáticos usados em todas
as escolas militares e civis do país. Segundo Fonteles, deve-se dizer que
durante aquele período houve uma ruptura do processo democrático, um golpe.
“Temos uma Constituição para ser vivida e cumprida”, afirmou Fonteles. O presidente
do Clube Naval, almirante Veiga Cabral, criticou tais declarações, afirmando
que se a revisão ocorrer, a CNV levará "distorções em relação à história
do Brasil aos colégios". Asseverou ainda que a CNV trabalha de forma
parcial pelo fato de os militares não serem ouvidos: “Quando se quer
reconstituir de fato, a verdade, é preciso ouvir os dois lados”, declarou o
almirante, que também criticou o fato dos trabalhos da CNV focarem apenas os
fatos ocorridos durante o regime militar, em detrimento da lei, que prevê a
análise do período entre 1946 e 1988. O jornal também publicou a opinião do
almirante da reserva a respeito da declaração de Fonteles com relação à
apuração da morte de Rubens Paiva, quando afirmou que a pessoa “convocada” que
não quiser depor, responderá pelo crime de desobediência e se não quiser ir,
poderá ser conduzida coercitivamente até lá “não com violência, mas alguém a
pegar pelo braço e a levar lá”. Para o almirante, "esta é uma forma brutal
de agir porque estamos em um estado democrático de direito e, neste caso, estão
tratando de um assunto já julgado pelo Supremo Tribunal Federal". (O
Estado de S. Paulo - Nacional – 18/02/13)
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